domingo, 20 de março de 2016

Os 10 maiores riscos para a economia mundial (Trump Presidente é o sexto)

Na análise de risco para o mês de abril, a hipótese de uma vitória de Donald Trump na corrida às Presidenciais norte-americanas aparece como a sexta maior ameaça para a economia global. Os especialistas da Unidade de Investigação do grupo The Economist (The Economist Intelligence Unit) consideram que as posições defendidas pelo candidato republicano sobre a economia mundial e sobre o terrorismo representam um risco com grande impacto para o sistema económico. "No caso de Trump vencer, a sua atitude hostil ao comércio livre e a alienação do México e da China, em particular, podem derivar rapidamente numa guerra comercial", explicam.

Os analistas acrescentam ainda que "as tendências militaristas sobre o Médio Oriente (e a proibição de todas as viagens de muçulmanos para os Estados Unidos) seriam uma forte ferramenta de recrutamento para grupos jihadistas, aumentando a ameaça terrorista na região mas não só".
Nesta análise, os especialistas ressalvam que, apesar de não ser provável uma vitória de Trump sobre a presumível adversária Hillary Clinton, há riscos se assim não acontecer, "especialmente no caso de um ataque terrorista nos Estados Unidos ou de uma súbita recessão económica".
A lista das maiores ameaças para a economia global é encabeçada pelo abrandamento da economia chinesa. Os especialistas preveem que se a economia chinesa cair mais do que o previsto, os preços do petróleo e do metal devem aumentar e a União Europeia e os Estados Unidos vão sentir graves efeitos devido à dependência da China na indústria.
A intervenção da Rússia na Ucrânia e na Síria é o segundo maior risco, abrindo a possibilidade de uma nova Guerra Fria, seguido da volatilidade do dólar, que pode conduzir a uma crise da dívida nos mercados emergentes.
Na quarta posição aparece a possível fratura da União Europeia. A análise lembra os ataques terroristas em Paris e a crise de refugiados que está a atingir a Europa. Os especialistas avisam que num cenário de fecho de fronteiras, os fluxos comerciais e a cooperação económica vão ser prejudicados, deixando os países mais frágeis da zona Euro ainda mais vulneráveis no caso de uma nova crise económica.
A saída da Grécia da zona Euro e a consequente rutura da zona Euro é o quinto maior risco da lista, imediatamente antes da possível eleição de Trump.

Na tabela surge ainda a crescente ameaça do terrorismo que pode destabilizar a economia global, os britânicos votarem no referendo pela saída da União Europeia (o brexit), as disputas territoriais no Mar da China Meridional e a queda de investimentos no setor de petróleo que pode conduzir a um grande aumento dos preços do petróleo (aqui)

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