domingo, 31 de janeiro de 2016

Ténis: surpresa na final feminina do Open de Melbourne

Surpresa no Open de ténis de Melbourne, Austrália: a alemã Angelique Kerber venceu a final a norte-americana Serena Williams por 2-1

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Desemprego em Espanha

fonte: El Pais

Serviço Nacional de Saúde com défice de quase 260 milhões em 2015

O Serviço Nacional de Saúde fechou 2015 com um défice de quase 260 milhões de euros, sobretudo pelo crescimento da despesa com medicamentos e meios complementares de diagnóstico.

Morreu o actor José Boavida

fonte: Correio da Manhã (fotos do actor no Porto Santo)

Portugal entre 60 países na mira do Estado Islâmico

Os radicais islâmicos têm um velho projecto de recuperar território que foi muçulmano, o que inclui a Península Ibérica e os Balcãs.

SIC Notícias - Contas Poupança: pagar mempos IMI

Se é dono de uma casa, faltam cerca de três meses para pagar o IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis). O Contas-Poupança explica-lhe o que tem de fazer para saber já quanto vai pagar e como pode ficar a pagar menos.

SIC Notícias - Contas Poupança: poupar nos seguros de vida associados ao crédito à habitação

Quando compramos casa, somos obrigados pelo banco a fazer um seguro de vida. O que poucos sabem é que daqui a uns anos vai provavelmente pagar mais de seguro de vida do que de empréstimo ao banco. O Contas-Poupança explica-lhe o que tem de fazer para evitar que isso aconteça.

Esta pode ser a última vez que vê esta fotografia

O milionário norte-americano Bill Gates vendeu a agência fotográfica Corbis ao grupo chinês Visual China Group. O negócio não levantaria polémica, não fosse esta a agência dona de imagens icónicas de protestos na Praça Tiananmen, em Pequim. No arquivo está a famosa imagem do homem sozinho em frente a um tanque, na praça, durante as manifestações de 1989. O arquivo inclui outras imagens que marcaram o século XX, nomeadamente a fotografia de Marilyn Monroe de vestido a voar sobre a grade do metro e dos trabalhadores a almoçar nas vigas de construção no topo de um arranha-céus em Manhattan. Observadores internacionais não esperam mudanças no acesso à colecção e o Visual China Group assinou um acordo com a Getty para a distribuição das imagens fora da China, segundo o "New York Times". Contudo, há quem tema que este negócio leve a uma menor projecção destas imagens em território chinês. Os grupos chineses estão a apostar em comunicação social: no início deste mês um conglomerado detido por Wang Jialin, o homem mais rico da China, comprou a empresa de Hollywood Legendary Entertainment por mais de 2,5 mil milhões de euros. O grupo Alibaba também no mês passado o jornal de hong Kong "South China Morning Post" (Económico)

Humor de Henrique Monteiro: Prato inadequado

fonte: Henricartoon

Portugueses menos pessimistas que em 2015


Entre 68 países onde a Win Gallup International realizou a sua sondagem anual, Portugal é o 31º com maior índice de expectativa relativamente ao ano 2016, subindo 14 lugares face a idêntica sondagem do ano anterior. "Em sua opinião, 2016 será um ano melhor, igual ou pior que 2015?" Esta foi a pergunta que a Win Gallup International, network internacional à qual a Marktest se encontra associada, colocou aos habitantes de 68 países do mundo. 54% dos inquiridos a nível global estão otimistas relativamente a este novo ano, 24% pensam que ele será igual ao anterior e 16% estão pessimistas, havendo ainda 6% que não sabe ou não responde à questão. Considerando o índice de expectativa, que valoriza em 100% as respostas "melhor", em 50% as respostas "igual" e em 0% as respostas "pior", o índice global é de 66%, revelando assim um otimismo a nível global.
Mas estes resultados têm diferenças muito significativas entre os vários países em análise. Se no Bangladesh este índice atinge 87% (com 81% e 82% dos inquiridos neste país a acreditarem que este ano será melhor que o anterior), já em Itália este índice é de 29% (com 52% dos inquiridos a considerar que o ano será pior que o precedente).

Portugal está entre os 31 países mais otimistas, com um índice de 55%. Entre nós, 34% dos entrevistados considera que 2016 será melhor que 2015, 41% espera que seja igual e 22% entende que será pior. Este índice está representado no mapa seguinte, onde vemos toda a Europa "pintada" em tons mais pálidos, revelando menor otimismo, ao contrário de alguns países orientais e da América do Norte, mais otimistas. Em termos de continentes, o índice varia entre os 46% registados na Europa Ocidental e os 75% no Leste da Ásia e Oceânia. Relativamente à sondagem que a mesma entidade conduziu há um ano sobre o mesmo tema, vemos que Portugal subiu 14 lugares no ranking do índice de expectativa, passando de uma situação de pessimismo moderado, com um índice de 48%, para uma situação de otimismo moderado, com um índice de 55%. O estudo da Win Gallup foi realizado entre Setembro e Dezembro de 2015, junto de uma amostra de 66 040 entrevistados, residentes em 68 países de todas as regiões do Mundo. Em Portugal, a Marktest foi a responsável pela recolha de informação, que consistiu num estudo online junto de uma amostra de 1000 indivíduos com 18 e mais anos. A Marktest é associada da WIN-Gallup International desde o início de 2012. A rede Worldwide Independent Network/Gallup International Association (WIN/GIA) é composta pelas 67 maiores empresas independentes de estudos e mercado e sondagens de opinião a nível global, que em conjunto representam mais de 600 milhões de USD em receitas e 89% do mercado mundial. A Marktest foi a empresa portuguesa seleccionada para fazer parte desta rede, estando a partir de agora apetrechada com ferramentas que nos permitem responder de forma ainda mais integrada às necessidades dos nossos clientes (Marktest.com, Janeiro de 2016)

A geografia das presidenciais de 2016

Os resultados eleitorais para a Presidência da República mostram em 2016 um mapa quase monocromático, mas com exceções. Segundo os resultados divulgados pela Direção Geral da Administração Interna, Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato mais votado nas eleições de 24 de Janeiro de 2016, ao obter 52% dos votos válidos e será assim o próximo Presidente da República Portuguesa. Sampaio da Nóvoa obteve 22.89% dos votos, Marisa Matias 10.13%, Maria de Belém 4.24%, Edgar Silva 3.95% e os restantes candidatos 6.8%.
Numas eleições em que estavam inscritos 9 700 959 eleitores, compareceram nas urnas 4 737 342 votantes, o que representou uma taxa de abstenção de 51.17% e de participação eleitoral de 48.83%. A taxa de participação foi mais elevada na freguesia de Isna (concelho de Oleiros), onde 78.35% dos 194 inscritos foram votar. Pelo contrário, na freguesia de Esperança e Brunhais (concelho de Póvoa de Lanhoso) foi onde se registou a maior taxa de abstenção, pois apenas 17.08% dos 884 inscritos nesta freguesia foram votar. Na freguesia de Muro (concelho de Trofa), as eleições foram boicotadas não se tendo realizado neste dia.
Uma análise por concelho, mostra que Marcelo Rebelo de Sousa foi o candidato mais votado em todos os concelhos do país, à exceção de 17 concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal. Em Avis, Edgar Silva foi o candidato mais votado e em Aljustrel, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Vidigueira, Alandroal, Portel, Viana do Alentejo, Campo Maior, Gavião, Alcácer do Sal, Barreiro, Grândola e Moita foi Sampaio da Nóvoa quem obteve maior votação. Os mapas seguintes apresentam o candidato que obteve maior percentagem de votos nos concelhos do país nestas eleições e ainda as percentagens de voto que cada candidato à eleição presidencial obteve ao nível municipal. As assimetrias políticas entre o Norte e o Alentejo estão bem patentes nos mapas das votações obtidas por Marcelo Rebelo de Sousa e Edgar Silva. Já ao nível da freguesia, Marcelo obteve a maioria dos votos válidos em 2943 das 3092 freguesias do país. Sampaio da Nóvoa foi o mais votado em 125 freguesias, Edgar Silva em 21 freguesias, tendo Marisa Matias e Vitorino Silva sido mais votadas nas freguesias de que são naturais. Marisa foi a candidata mais votada em Vila Seca e Bem da Fé (concelho de Condeixa-a-Nova) e Vitorino Silva foi o vencedor na freguesia de Rans (concelho de Penafiel). Uma análise dos dados disponíveis por freguesia permite ainda conhecer algumas curiosidades destas eleições. Assim:
  • A maior percentagem de votos brancos e de votos nulos ocorreu na freguesia de Mosteiro (concelho de Lajes das Flores), com 12.5%, o correspondente a 2 votos brancos e 2 votos nulos de um total de 16 votantes na freguesia.
  • Em 217 freguesias não houve nenhum voto em branco e em 238 não houve nenhum voto nulo
  • Henrique Neto obteve a sua maior votação na freguesia de Marinha Grande (onde viveu na infância), com 5.75%
  • Sampaio da Nóvoa recolheu maior percentagem de votos nas freguesias de Nossa Senhora da Graça dos Degolados (concelho de Campo Maior) e de Cunheira (concelho de Alter do Chão), com 52.86% e 52.8% dos votos, respetivamente
  • Cândido Ferreira obteve maior votação na freguesia de Urra (concelho de Portalegre), com 9.24%
  • Edgar Silva conseguiu maior votação na freguesia de São Martinho (concelho de Alcácer do Sal), com 59.39% dos votos. Na freguesia de Alcórrego e Maranhão (concelho de Avis) também obteve mais de 50% dos votos (53.1%)
  • Jorge Sequeira registou um máximo de 5% em Celas (concelho de Vinhais)
  • Vitorino Silva obteve maior expressão eleitoral na sua freguesia natal, Rans, onde foi o candidato mais votado com 60.93% dos votos
  • Marisa Matias obteve o seu máximo de votação na freguesia onde passou a infância, Vila Seca e Bem da Fé (concelho de Condeixa-a-Nova), com 49.1%
  • Maria de Belém registou maior votação na freguesia de Fiães (concelho de Melgaço), com 23.17%
  • Marcelo Rebelo de Sousa obteve um máximo de 92.05% na freguesia de Rego (concelho de Celorico de Basto, onde tem raízes familiares). Registou ainda uma percentagem de votação acima de 90% em mais três freguesias e acima de 50% em 2257 das 3092 freguesias do país
  • Finalmente, Paulo de Morais conseguiu um máximo de 10.07% dos votos na freguesia de Cabaços (concelho de Moimenta da Beira)


Os resultados destas eleições estarão em breve disponíveis ao nível da freguesia no sistema de informação Sales Index da Marktest e ao nível do concelho na aplicação web Municípios Online (Marktest.com, Janeiro de 2016)

Big Brother legitimado?

A semana passada o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem tomou uma decisão que pode abrir um precedente que vai mudar, totalmente, a relação empregado/empregador no que à privacidade dos dados diz respeito. A história reza assim: um engenheiro romeno usou a conta de chat da empresa para trocar mensagens pessoais. Uma conta que a empresa tinha criado para ser o canal de esclarecimento de dúvidas dos clientes. Uma monitorização da atividade dessa conta feita pela empresa apurou que o engenheiro a utilizava também para trocar mensagens pessoais. Nomeadamente com a noiva.
Como é que sabemos isto? Porque ele foi despedido em 2007 por estar, alegadamente, a fazer utilização imprópria das ferramentas de trabalho e as mensagens foram usadas como prova em tribunal. Basicamente, aproveitava as horas de trabalho para, também, estar na conversa com os amigos usando um chat que a empresa tinha criado com um propósito bem definido. Ora bem: o “alegadamente” passou a “efetivamente” quando, em 2007, um tribunal romeno deu razão à empresa. O engenheiro não desistiu e escalou o caso para as entidades europeias. Não é só em Portugal que a justiça é lenta. Foi preciso esperar vários anos para ver o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem dar razão à empresa e deixar Bogdan Mihai Barbulescu (o engenheiro em questão) com um despedimento por justa causa nas mãos.
EMPREGADORES RECLAMAM DIREITO A VER CONTEÚDOS
Como seria de esperar, esta sentença provocou alguma celeuma. Os empregados temem a violação “legal” da privacidade dos seus dados. Os empregadores reclamam o direito de poder ver os conteúdos que são trocados pelos empregados quando estes usam ferramentas e canais criados para utilização profissional. Mas há mais. A entrada massiva da tecnologia no ambiente de trabalho criou uma tendência (leia-se: oportunidade de negócio) que vai valer, segundo a Business Wire, mais de 360 mil milhões de dólares em 2020. Falo do BYOD, Bring Your Own Device. Que é como quem diz: “funcionários, tragam os vossos telefones e tablets e usem-nos dentro da empresa.”
A entrada massiva de dispositivos particulares em ambiente profissional tem pontos positivos e negativos. As empresas gostam porque os funcionários podem trabalhar a qualquer momento e em qualquer lugar. Os funcionários gostam pelo conforto de poderem usar os seus próprios dispositivos para, por exemplo, ver o mail ou fazer alterações num powerpoint. Isto é o que vemos à superfície. O que faz movimentar os tais milhões já referidos é o investimento necessário para tornar todos estes sistemas compatíveis e, essencialmente, seguros. É preciso não esquecer que durante décadas, a principal preocupação dos diretores de informática (hoje transformados em CTO) foi a de blindar as redes da empresa. Condição última para manter protegida a informação do negócio. Hoje essa premissa continua a ser vital, mas mais complexa, porque há centenas de novos equipamentos que têm a porta aberta para essas redes sagradas. É fácil ver a problemática: é cada vez mais ténue a fronteira entre o que é informação privada e informação pública em ambiente de trabalho. Ou seja, já não é a questão de estar a usar o computador ou o telefone da empresa. A partir do momento em que é utilizado o telefone pessoal para ver e-mail, fazer uma chamada de Skype ou usar o WhatsApp da empresa para responder a um cliente… torna-se muito complicado saber onde começa o trabalho e inicia o lazer.
CARTAS NA MESA ANTES DO JOGO COMEÇAR
Em Portugal, as fronteiras estão bem definidas. Por lei, a entidade patronal não pode ler o conteúdo do e-mail do funcionário. No máximo, pode consultar o assunto. Mais que isso e estará a cometer um crime de violação de privacidade. E sobre o chat? Não sei, mas as premissas devem manter-se as mesmas. E no caso romeno estamos perante a violação de privacidade de mensagens de chat. Ou seja, de uma conversa que pode ter ocorrido em tempo real. A conta do Yahoo Messenger (o serviço de chat em questão) foi criada pelo funcionário a pedido da empresa com o objetivo de prestar apoio a clientes. A empresa avisou os funcionários que todas as comunicações através daquela ferramenta de chat seriam, obrigatoriamente, profissionais. Algo que o engenheiro afirmava ter respeitado, até ser confrontado em tribunal com as transcrições das conversas pessoais. Quer isto dizer que as cartas estavam todas na mesa antes do jogo começar. As regras é que não foram respeitadas pelo funcionário. O caso parece-me claro e com desfecho adequado.
O que me preocupa são as conclusões do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, onde se pode ler esta pérola: “é razoável que a entidade patronal queira verificar que os seus empregados cumprem as suas tarefas profissionais durante o seu horário de trabalho”. Esta frase é demasiado aberta e, por isso, alvo das mais variadas interpretações. Mesmo sabendo que a decisão judicial se aplica a comunicação via chat, o que poderá acontecer se entidades empregadoras utilizarem esta sentença para monitorizar o Facebook Messenger dos funcionários, o WhatsApp ou, por exemplo, o Skype? É que todas estas apps podem ser usadas tanto em ambiente profissional quanto no pessoal. Como é que se estabelece uma fronteira honesta e sólida entre estes dois mundos, agora que eles estão completamente misturados?

A sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem pode, espero, servir de gatilho para a criação de nova legislação mais adaptada aos tempos que vivemos e, essencialmente, mais respeitadora dos direitos de ambos: empregado e empregador. Mas, como sempre nestas coisas, haveremos de continuar a assistir a abusos frequentes de ambas as partes até ao dia - porque isto da tecnologia dá muitas voltas para às vezes acabar no mesmo sítio - em que voltaremos a assistir ao encerramento das fronteiras digitais que permitem esta confusão. Ou seja, ao reerguer das barreiras que protegiam as redes empresariais e mantinham a utilização privada longe das suas portas. Claro que, nesse dia, vai ser ensurdecedor o coro de lamentos dos milhões de funcionários que já não poderão usar os seus queridos dispositivos para aceder às ferramentas profissionais (Expresso)

Alerta: campanhas negras invadem redes sociais

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) ilibou José Rodrigues dos Santos no caso em que se referiu a Alexandre Quintanilha, deputado do PS, como tendo sido “eleito ou eleita”. O jornalista garante ao i que viu a deliberação com naturalidade e avança que “fontes ligadas a um partido, incluindo dirigentes, informaram que toda a campanha nas redes sociais foi orquestrada pelo seu partido com recurso a perfis falsos para tentar ‘criar’ um escândalo que embaraçasse a RTP” – uma prática que afirma ser “habitual” e que se parece estender a várias áreas, nomeadamente política e futebol.
Para o jornalista é claro que as campanhas negras acontecem com frequência e servem os mais variados interesses, manipulando assim a informação que chega à opinião pública. “Quando há uma decisão de atacar um tema ou uma personalidade, a agência de comunicação ligada a essa organização cria perfis falsos e inunda as redes sociais com ataques virulentos, de modo a criar a impressão de que há uma indignação geral contra essa personalidade ou sobre esse tema. Não há indignação nenhuma, são tudo perfis falsos usados em campanha negra para deliberadamente atingir certos objetivos. Essa campanha virtual, depois, contamina o mundo real, pois algumas pessoas reais, por cumplicidade ou simples tontice, também pegam no assunto”, explica.
Para José Rodrigues dos Santos é evidente que depois dos esclarecimentos que foram feitos, inclusivamente com um pedido de desculpas em direto, “a polémica tornou-se suspeita. Quando as minhas fontes partidárias me explicaram o que realmente se passava, e que tudo tinha sido orquestrado por uma campanha negra com recurso a perfis falsos, fiquei esclarecido”.
O i tentou, sem sucesso, contactar Alexandre Quintanilha, que na altura se sentiu insultado com a confusão entre “eleito e eleita” e chegou a pedir que todos os partidos se pronunciassem.
Política 2.0 Contactado pelo i, Cunha Vaz, presidente e managing partner da Cunha & Associados, explica que estas campanhas negras fazem parte do nosso quotidiano e deviam “ser punidas por lei”. “Claro que existem. Nós não fazemos. Nunca fizemos, mas o que não faltam são casos. Houve uma, por exemplo, quando se questionou se o engenheiro Sócrates era homossexual ou não. É um exemplo”, avança.
 Ao i, uma fonte ligada a um dos partidos políticos recorda quando entrou pela primeira vez numa destas salas, onde cerca de dez secretárias estavam reservadas a este tipo de trabalho. “Era ali que se faziam as intervenções nos fóruns e a criação de perfis falsos para votações online, por exemplo” – uma manipulação da informação que continua a acontecer. “Estas campanhas negras, ao que me esclareceram, envolvem de resto outras técnicas. Por exemplo, as agências de comunicação partidárias aparentemente invadiram também os programas radiofónicos e televisivos de opinião pública. Quando o senhor Manel, agricultor na Lourinhã, liga para esses programas a criticar isto ou aquilo, muitas vezes não é senhor Manel nenhum, é alguém da agência de comunicação ligada a um partido a fazer-se passar por um fictício senhor Manel para criar a impressão de que há uma grande indignação quanto a determinado assunto. Tudo manipulação”, afirma José Rodrigues dos Santos.
A Ascensão de Passos Muito já se falou deste género de campanhas. Por exemplo, uma tese de mestrado de Fernando Moreira de Sá, consultor de comunicação, conta a verdadeira história digital dos bastidores da chegada de Passos Coelho ao poder. Neste trabalho, apresentado na Universidade de Vigo (Galiza), é possível perceber a manipulação de fóruns das rádios e televisões e o condicionamento dos debates. “Sabendo-se da forte presença de jornalistas da área política no Twitter, eram plantados tweets cirúrgicos trazendo para a discussão digital temas caros à candidatura, sublinhando fraquezas do adversário principal e potenciando a mensagem do candidato apoiado, e utilizando como suporte a blogosfera, sem esquecer o Facebook. Não significa que os adversários não fizessem o mesmo. Faziam-no, só que com menos resultados e menor eficácia”, pode ler-se. Mas nem só neste caso existiu o recurso a blogues e perfis de Facebook e Twitter: “Como se tem notado em eleições posteriores, todos os principais partidos (PSD, PS, CDS, PCP e BE) também sabem como funcionam estes meios e no seu seio estão alguns dos melhores especialistas na matéria. Todos, sem exceção, utilizam o mesmo tipo de ferramentas e métodos.”
A título de exemplo, nesta tese aparece ainda explicada a importância que toda esta estratégia teve no resultado final, que culminou com a chegada de Passos Coelho ao poder, em 2010, quando se tornou líder do PSD: “O mais importante, em nosso entender, foi a forma como o acompanhamento nos diferentes fóruns de análise digital decorreu. Nos blogues, no Twitter e no Facebook foi notória a supremacia, tanto em quantidade como em rapidez, das análises publicadas pelos seus apoiantes e a forma como estas influenciaram os diferentes comentadores/jornalistas que acompanhavam o debate nas televisões e as reações na rede.” A culpa morre solteira Para José Rodrigues dos Santos, “o assunto deveria agora passar para o Ministério Público, pois a criação de perfis falsos configura, creio eu, crime de fraude”. Também Cunha Vaz defende que devia existir uma punição, ideia partilhada pela presidência e direção da APECOM – Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas: “A direção a que presido mantém princípios de ética e de transparência intocáveis, pelo que condenamos de forma frontal qualquer tipo de comunicação que procure manipular a opinião pública.”

O i tentou, sem sucesso, contactar o Ministério Público até ao fecho desta edição para perceber se existem queixas desta natureza (aqui)

Inventor apresenta avião que vai de Nova Iorque ao Dubai em 24 minutos

Um inventor canadiano parece ter encontrado uma solução para os voos intermináveis a atravessar o Atlântico ou o Pacífico: um avião capaz de viajar 24 vezes mais depressa do que o som, que levaria os seus passageiros de Londres a Nova Iorque em apenas 11 minutos. O desenho conceptual do engenheiro Charles Bombardier mostra um avião chamado Antipode, com quatro asas e capacidade para 10 passageiros, que usaria motores de foguetão para descolar. O jato privado seria destinado para executivos e líderes mundiais. O desenho do Antipode surge apenas alguns meses após Bombardier ter revelado o seu conceito para um outro avião ultra-rápido, o Skreemr. O Skreemr teria capacidade para 75 passageiros e faria a viagem de Londres a Nova Iorque em meia hora. Mas já na altura Bombarbier destacava o principal problema desse projeto: não há abundância de materiais que resistam ao calor que se gera quando se viaja a velocidades várias vezes superiores à do som. O Skreemr dependia da propulsão por scramjet, um tipo de motor que funciona através da combustão de oxigénio líquido extraído da atmosfera quando esta passa através da nave. Por não ter de transportar combustível, um avião assim torna-se mais leve e rápido. O problema está na velocidade necessária para fazer um motor destes funcionar, que se tornaria desconfortável para os passageiros e provocaria dificuldades aos materiais devido ao calor. Bombardier parece ter resolvido pelo menos a segunda parte do problema com o Antipode. Este novo conceito de avião tem a capacidade de usar jatos de ar frio para arrefecer a frente do avião e as asas. Entradas de ar no "nariz" do avião permitiriam a entrada destes jatos para percorrerem o corpo do avião e o arrefecerem. Mas como o próprio inventor admitiu em entrevista à revista Forbes, o Antipode também tem os seus problemas. Por exemplo, as entradas de ar no avião funcionam bem em naves como vaivéns espaciais, mas são muito boas para arrefecer o Antipode porque este tem asas. "A atual configuração do Antipode não tem a forma ideal nesse aspeto", afirmou Charles Bombardier.

Las grandes empresas evaden hasta 70.000 millones al año en la UE

Entre 50.000 y 70.000 millones de euros anuales. Esta es la cantidad de dinero que se esfuma en la Unión Europea (UE) por el fraude fiscal de las grandes empresas, según los cálculos de Bruselas. El comisario de Economía de la Unión, el socialista francés Pierre Moscovici, ha presentado este jueves lo que se adivina como la nueva estrategia para evitar la evasión fiscal en el territorio comunitario que consistirá, principalmente, en establecer reglas comunes —y mínimas— para la tributación, además de un intercambio "automático" de información fiscal entre las diferentes autoridades nacionales. La propuesta completa no estará lista hasta primavera.
"No se trataría de armonizar las normas a lo largo de los Veintiocho", ha remarcado una fuente oficial del Gobierno de la UE, sino de establecer reglas y estándares "mínimos". Bruselas confía en la capacidad de cada país para combatir el fraude fiscal, pero cree que haría falta más coordinación. Lo que sí ha dejado claro Bruselas en palabras de uno de sus vicepresidentes, Valdis Dombrovskis, es que "hay que tributar en el país donde se obtienen beneficios", algo que algunas grandes multinacionales como la estadounidense Starbucks habrían estado evitando gracias a la ingeniería y suculentas ofertas fiscales de algunos países miembros, por ejemplo Holanda, Irlanda y Luxemburgo.
Para ello, además, Bruselas propondrá una lista negra de países —comunitarios y extracomunitarios— considerados paraísos fiscales de manera transversal y unitaria en la UE. Es decir, como un solo bloque y de forma "coordinada", según el máximo responsable de economía en el Gobierno comunitario. El objetivo, según Moscovici, es crear un sistema fiscal "más justo, transparente y eficiente" que refuerce y complemente el proyecto de la erosión de la base imponible y el traslado de beneficios (conocido como BEPS, por sus siglas inglesas) establecido el pasado octubre por la OCDE.
Moscovici ha puesto el énfasis en la "automatización" en el intercambio de información fiscal entre las autoridades fiscales nacionales —algo que hasta el momento no se hacía— como pieza "clave" de la estrategia que aún está por desarrollar. Ahora bien, lo anterior no deberá afectar a la competencia entre las empresas, ha advertido el francés. Con esta propuesta, los países tendrán la información "crucial" necesaria para identificar los "riesgos" hacia un potencial fraude fiscal. "Ahora estamos en fase de consultas con los Estados", ha dicho. La propuesta de Bruselas —cuya estrategia final se concretará en primavera— se presenta poco más de una semana después del famoso informe de la ONG británica Oxfam en el que se denunciaba que entre 2000 y 2014 la inversión en paraísos fiscales a nivel mundial se multiplicó por cuatro y que tan solo 62 personas poseen la misma cantidad de riqueza que la mitad más pobre del mundo. Tras conocer las intenciones de Bruselas, la misma organización ha avanzado a través de un comunicado que la propuesta para frenar la evasión de impuestos "fracasará" y que sólo demuestra "la falta de ambición y de voluntad política" de los Estados miembros para frenar el fraude fiscal.
El comisario francés ha asegurado que tiene el apoyo de la Eurocámara —los socialistas europeos han dicho ya que la propuesta "va por el buen camino"— y del Consejo Europeo (la institución que encarna los intereses de los 28 socios comunitarios). Sin embargo, ha evitado entrar en detalles acerca de los países a los que esta nueva iniciativa de la Comisión del luxemburgués Jean-Claude Juncker más pueda perjudicar por su laxitud fiscal con ciertas compañías como Irlanda, Luxemburgo y Holanda. "El apoyo político existe y las conversaciones están muy maduras", ha sentenciado Moscovici, que aseguró varias veces que no se meterá en las prácticas de cada Estado.
Una sola lista negra
Como parte de la estrategia que Bruselas presentará en primavera, la Comisión propondrá —previa consulta a los 28 Estados miembro— una especie de lista negra de países considerados paraísos fiscales desde el punto de vista único de la UE. El comisario Moscovici ha evitado pronunciarse sobre posibles nombres presentes en este directorio aunque ha asegurado que "Suiza puede estar tranquila". Al haberse firmado el acuerdo del fin del secreto bancario con Liechtenstein, San Marino y Suiza, Bruselas no ve por qué estos países deberían ser susceptibles de entrar en esta lista. Y el mismo acuerdo se firmará "pronto" con Mónaco y Andorra por lo que el interrogante sobre los Estados que, por unanimidad entre los 28, puedan estar incluidos en este directorio es aún un interrogante.
PROPUESTAS CLAVE
  • Bloqueo de los métodos más comunes utilizados por las empresas para evitar el pago de impuestos.
  • Recomendaciones a los Estados miembro sobre cómo prevenir un abuso impositivo.
  • Propuesta para compartir información relacionada con los tributos sobre las multinacionales que operan en la UE.
  • Promover la buena gobernanza de los sistemas fiscales de manera internacional.
  • Hacer un listado de países que rechacen “jugar limpio” (El Pais)

Humor de Henrique Monteiro: Gestos

fonte: Henricartoon

Futebol: Benfica exige 40 milhões ao Sporting por danos reputacionais

O Benfica reclama 40 milhões de euros ao Sporting por danos reputacionais causados à marca do clube da Luz. A queixa deve chegar a tribunal nos próximos dias.

Autoridades suspeitam do envolvimento de responsáveis políticos na compra de meios aéreos

A Polícia Judiciária e o Ministério Público fizeram esta sexta-feira buscas na sede da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Os investigadores procuraram e apreenderam documentos relacionados com contratos de compra e manutenção de aeronaves de combate a incêndios. Entre os suspeitos estarão responsáveis políticos, envolvidos nos negócios.

Ex-presidente e ex-administradores do BPP acusados de fraude fiscal

João Rendeiro e outros 3 antigos administradores do BPP estão a contas com mais um processo judicial. Os 4 ex-administradores e outros 2 quadros do BPP são acusados de fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Megyn Kelly: a jornalista que irritou Trump

Milionário recusou participar no debate de ontem, queixando-se do tratamento "parcial e injusto" de Agosto quando a pivot o confrontou com comentários sexistas.

30 anos do desastre Challenger

Passam hoje 30 anos sobre o desastre espacial do Challenger. O vaivém norte-americano explodiu durante a descolagem numa tragédia que todo o mundo viu em directo pela televisão. Morreram os sete tripulantes: seis astronautas e uma professora.
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 Imagens inéditas do acidente do Challenger

El trágico final de Christa McAuliffe, la primera profesora en el espacio

Christa McAuliffe, una profesora de 37 años, iba a ser la primera ciudadana común en viajar al espacio, pero murió poco después de despegar en el accidente del transbordador Challenger, una tragedia que frustró la aspiración de la NASA de enviar civiles al espacio. McAuliffe había sido seleccionada entre 11.000 profesores de todo el país que, como ella, querían ir al espacio para contarlo con palabras que todo el mundo pudiera entender. La agencia espacial estadounidense (NASA) comenzó a soñar con enviar gente de a pie al espacio en los años setenta, pero no fue hasta 1984 cuando el entonces presidente, Ronald Reagan, anunció que quien marcaría ese hito sería un profesor. "He dado luz verde a la NASA para que empiece a buscar en todas nuestras escuelas elementales y secundarias. El primer pasajero será uno de los más excelentes del país, un profesor", dijo Reagan. Cuando el transbordador despegue, todo el país recordará el papel crucial que los profesores y la educación desempeñan en la vida de nuestra nación. "Cuando el transbordador despegue, todo el país recordará el papel crucial que los profesores y la educación desempeñan en la vida de nuestra nación. No puedo pensar en ninguna lección mejor para nuestros niños y nuestro país", añadió en un discurso.
Un existoso ejercicio de relaciones públicas
La NASA hacía con este programa un exitoso ejercicio de relaciones públicas: la nación entera estaba emocionada con la aventura de enviar el primer educador al espacio, sobre todo los escolares. El proceso fue seguido con entusiasmo por la televisión de la época. Las cintas muestran imágenes de la emoción que tenían los 140 seleccionados cuando viajaron a Washington una semana para familiarizarse con la historia espacial y recibir clases. El 19 de julio de 1985, desde la Casa Blanca, el entonces vicepresidente George H.W. Bush anunciaba que la elegida era una profesora de Concord, una ciudad de Nuevo Hampshire con apenas 40.000 habitantes. La nación conocía entonces a Christa McAuliffe, una joven e ilusionada profesora de historia, inglés y economía casada con un abogado y madre de dos hijos.
"He hecho nuevos amigos maravillosos en las últimas dos semanas. Cuando el Challenger despegue quizás yo sea un cuerpo, pero son diez almas las que llevo conmigo", dijo McAuliffe entre lágrimas tras conocer que había sido la elegida. "Quiero humanizar los viajes espaciales ofreciendo la perspectiva de alguien que no es astronauta. Creo que los estudiantes verán eso y dirán, es una persona ordinaria que está contribuyendo a la historia", comentó la profesora en una entrevista televisada ese mismo día.
El siguiente sería un periodista
Mientras McAuliffe y su eventual sustituta, Barbara Morgan, se preparaban con los astronautas del Challenger, la NASA prosiguió con la segunda fase de su programa civil: iba a elegir al primer periodista en viajar al espacio. La agencia quiso desde el principio que los candidatos fueran personas que pudieran hacer una contribución a la literatura espacial. Se pensaba en profesores, periodistas, artistas o poetas. Más de 1.700 periodistas se apuntaron, entre ellos Tom Wolfe, el padre del llamado Nuevo Periodismo, y Walter Cronkite, un veterano presentador de CBS experto en el programa de los transbordadores. Dos semanas después de que terminara el plazo de solicitudes para los periodistas, todo cambió. El sueño de la NASA de enviar ciudadanos comunes al espacio se frustró una fría mañana de enero, cuando el mundo entero vio en directo por televisión cómo el Challenger explotaba apenas un minuto después de despegar. Las imágenes de entonces muestran la confusión de los periodistas y de los astronautas del centro de control que informaban en directo. Pocos segundos después, se puede ver el dolor y la incredulidad de los familiares de la tripulación. Entre ellos los padres, el marido y los hijos de Christa McAuliffe.
El impacto del Challenger
No era la primera vez que morían astronautas en Estados Unidos, en 1967 los tres tripulantes del Apolo 1 perecieron al producirse un incendio en el módulo de comando durante un ensayo en Cabo Cañaveral (Florida). Pero el Challenger tuvo un impacto mucho mayor, en buena medida por la emoción que había despertado en el país ver a una persona común, una profesora, en el espacio. "Era un momento muy malo para la educación, había habido un informe muy duro con el sistema. Entonces era común oír que los que valen, valen y los que no, se hacen profesores. Christa contribuyó a cambiar esa percepción", dijo recientemente en una entrevista Barbara Morgan, la eventual sustituta de McAuliffe. Entonces era común oír que los que valen, valen y los que no, se hacen profesores. Christa contribuyó a cambiar esa percepción Morgan viajó al espacio, pero eso no ocurrió hasta 2007. La tragedia del Challenger aniquiló el entusiasmo que la NASA y los estadounidenses habían mostrado por el programa y confirmó las reticencias de algunos astronautas sobre su seguridad. La agencia llegó a seleccionar a 40 periodistas en los meses posteriores a la explosión, pero en julio de ese año anunció que el programa quedaba suspendido y que podrían pasar años hasta que el primer periodista pudiera viajar al espacio. Hoy se cumplen 30 de aquella tragedia, con la NASA ya sin transbordadores espaciales desde julio de 2011 y con el sueño de enviar al espacio a ciudadanos comunes en manos de compañías privadas (El Confidencial)

Défice na Saúde superior ao previsto pelo anterior Governo

O SNS acabou 2015 com um défice de quase 260 milhões de euros, valor acima dos 30 milhões previstos por Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde. O buraco orçamental deveu-se sobretudo ao crescimento da despesa com medicamentos e dos meios complementares de diagnóstico.

França e Irão assinam acordos no valor de 15 mil milhões de euros

O presidente iraniano encontrou-se hoje com François Hollande, os dois países assinaram acordos no valor de 15 mil milhões de euros. Durante a passagem de Hassam Rouhani um grupo de feministas manifestou-se contra o elevado número de execuções no Irão.

Jornalismo de investigação vive por entre falta de transparência

A Internet pode ter aberto muito a sociedade, mas é preciso saber onde procurar e “as pessoas continuam a confiar, acima de tudo, em jornalismo de qualidade”: esta foi uma das conclusões do debate acerca do estado do jornalismo de investigação que envolveu, numa sala de cinema do centro El Corte Inglés, os jornalistas José António Cerejo (Público) e Pedro Coelho (SIC) com moderação de Paulo Nuno Vicente, professor na Universidade Nova. 
Outra conclusão registada durante a conversa foi no sentido de que o jornalismo de investigação não é um animal em vias de extinção, mas enfrenta inúmeros obstáculos, constrangimentos e problemas que vão desde a escassez de meios económicos à falta de motivação dos jornalistas, sem esquecer a crise global. 
O pretexto foi a ante-estreia do filme “O Caso Spotlight”, dedicado à investigação jornalística do “Boston Globe” sobre os casos de pedofilia na igreja católica local, a qual seria premiada com o Pulitzer. “Teimosia e carolice, porque não há uma compensação específica para este tipo de trabalho, e alguma resistência, pois nada ajuda a desenvolver este jornalismo, bem como alguma cumplicidade editorial, cada vez mais difícil de encontrar” foram ingredientes que Cerejo considerou fundamentais no jornalismo de investigação. A exibição do filme, candidato a seis Óscares da Academia, iria demonstrar, de forma eloquente, a sua razão. 
A falta de dinheiro é apenas um dos problemas, mas Pedro Coelho, além de lembrar as limitações de um meio como a televisão, onde “arranjar imagens para ilustrar a investigação e contar a história”é um obstáculo constante, encontra dois “a montante desses: jornalistas pouco motivados, interessados e persistentes até por se confrontarem com a Justiça e eventuais processos devido a algumas fontes; e o facto de, ao confrontar poderes instituídos, se correr o risco de cruzamento com empresas que proporcionam receitas à actividade comercial dos próprios órgãos de comunicação para os quais trabalham”.
Cerejo referiu-se, no caso português, “à extrema opacidade da Administração Pública e das entidades privadas, a falta de transparência e outras características de natureza cultural e económico-social” como obstáculos importantes. 
Por questões que envolvem a sua sustentabilidade, Coelho admite que existe preocupação face ao “jornalismo como actividade que participa na consolidação da democracia”, embora considere que o seu futuro “não está em causa”. Porém, “sem uma sociedade civil com a dimensão da norte-americana, a ideia de fontes de financiamento como Fundações tem aplicação menos provável”.
Reforçando as convicções manifestadas a propósito da persistência que deve ser um argumento de todos os dias, José António Cerejo lamentou: “Neste momento, é como se houvesse uma espécie de máquina de adormecimento para os jornalistas serem mansos.”
O papel das universidades
Antes, Paulo Nuno Vicente falara na “cooperativa de media, criada em 2013 e incubada na Universidade, que permitiu lançar, em Dezembro último, o Divergente, projecto digital financiado em parte pela bolsa do Journalism Fund da União Europeia e cuja primeira peça, resultado de trabalho de ano e meio, analisou o ‘comércio’ de jovens africanos e latino-americanos para o futebol europeu”. No seu entender, este deve ser um dos passos da Universidade: “Arriscar soluções e não apenas traçar diagnósticos. Mas também é preciso que haja mais associações de jornalistas preocupados com a situação do jornalismo.” 
Mas nem os tempos difíceis levam Cerejo ou Coelho a perder confiança. “Há-de existir sempre quem seja jornalista, não se cale e insista nas perguntas”, diz o primeiro. “Apesar dos mil e um clones que vão aparecendo, os jornalistas não são substituíveis.” 
O segundo, também professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e com tese de doutoramento intitulada “Jornalismo e mercado: os novos desafios colocados à formação”, acrescenta uma manifestação de confiança inabalável: “A próxima geração tem a possibilidade soberana de fazer melhor do que esta, cercada por uma confrangedora falta de fundos.” (pelo jornalista do Económico, Paulo Jorge Pereira)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

EUA: Casas à beira do abismo

Edifícios que ficam pendurados em precipícios depois de desastres naturais como furacões, terramotos, cheias ou deslizamentos de terras (SIC Notícias)

As fábricas de Kim Jong Un

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, em visita em várias fábricas do país (SIC-Notícias)