quinta-feira, 17 de março de 2016

Crise no Brasil: só a classe alta saiu à rua contra Dilma?

Houve duas imagens que correram o mundo das manifestações de domingo contra o governo do PT, a presidente Dilma e Lula: a multidão a encher o Calçadão no Rio de Janeiro e um casal de ricos a ir para os protestos acompanhado pelos filhos num carrinho de bebé, empurrado por uma criada. As duas imagens espelham o protesto, a fazer fé numa sondagem realizada durante a manifestação e publicada ontem na “Folha de São Paulo”. O diário brasileiro garante que estiveram na rua mais de 500 mil pessoas em São Paulo, o dobro que nos protestos do ano anterior, mas que o perfil da esmagadora maioria dos manifestantes continua a ser demasiado alto em relação à totalidade da população brasileira. Segundo os dados recolhidos pela Datafolha, a maioria dos participantes nos protestos na Avenida Paulista, em São Paulo, eram homens com idade superior a 36 anos, e 77% deles afirmaram ter um curso superior, quando, nesse mesmo município, apenas 28% das pessoas têm esse grau de ensino. Ao serem inquiridos sobre a sua profissão, 12% dos manifestantes garantiram ser empresários, ocupação que é apenas compartilhada por 2% da população em geral. Metade dos manifestantes confessou ganhar entre cinco e 25 salários mínimos. Segundo uma anedota, o Brasil devia-se chamar “Belíndia”, porque dez milhões têm o nível de vida da Bélgica, e o resto da Índia. No domingo, saíram os belgas (Jornal I)


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