quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

1,5 milhões encomendam refeições pelo telefone

1,5 milhões de portugueses costumam encomendar refeições pelo telefone, de acordo com o estudo TGI da Marktest. O estudo TGI da Marktest quantifica, na primeira vaga de 2015, em 1 497 mil o número de indivíduos que referem ter encomendado refeições pelo telefone nos últimos 12 meses, o que representa 17.5% dos residentes no Continente com 15 e mais anos. Isso significa que, em cada seis portugueses, um refere consumir estes produtos. A classe social e a idade mostram maiores diferenças de comportamento entre os indivíduos, com as maiores taxas a observar-se entre os 35 e os 44 anos (24.8%) e entre os indivíduos das classes sociais mais elevadas (26.7%).
Os dados do TGI mostram ainda que as pizzas são, de longe o tipo de refeições mais encomendadas, seguidas de longe pelas refeições de frango assado e de comida portuguesa. Os dados e análises apresentadas fazem parte do estudo TGI, propriedade intelectual da Kantar Media, e do qual a Marktest detém a licença de exploração em Portugal, é um estudo único que num mesmo momento recolhe informação para 17 grandes sectores de mercado, 280 categorias de produtos e serviços e mais de 3000 marcas proporcionando assim um conhecimento aprofundado sobre os portugueses e face aos seus consumos, marcas, hobbies, Lifestyle e consumo de meios. Presente em mais de 60 países nos 5 Continentes, o TGI poderá ainda caracterizar mercados internacionais com vista ao conhecimento dos consumidores além fronteiras (Marktest.com, Dezembro de 2015)

7,1 milhões leem jornais ou revistas

O Bareme Imprensa da Marktest quantifica em 7,1 milhões o número de portugueses que contactam com jornais ou revistas. O Bareme Imprensa contabilizou 7 138 mil residentes no Continente com 15 e mais anos que, no período de Setembro a Novembro de 2015, leram ou folhearam jornais ou revistas, o que representa 83.4% do universo em estudo.
A audiência média de imprensa no mesmo trimestre foi de 61.6%, percentagem de portugueses que leu ou folheou a última edição de um qualquer título de imprensa estudado no Bareme Imprensa. Os jornais são mais lidos do que as revistas, totalizando 6 737 mil leitores. Os leitores de jornais representam 78.7% do universo estudado, ao passo que os leitores de revistas representam 63.6%, num total de 5 448 mil leitores. O Bareme Imprensa é o estudo regular da Marktest que analisa os hábitos de audiência de imprensa dos residentes no Continente com 15 e mais anos (Marktest.com, Dezembro de 2015)

Humor de Henrique Monteiro: à mãe não se mente

fonte: Henricartoon

Cresce recurso ao crédito ao consumo

Depois de um abrandamento até 2011, os resultados do estudo Basef Banca da Marktest mostram que o recurso ao crédito ao consumo tem aumentado entre os portugueses. Entre Janeiro e Novembro de 2015, o Basef Banca da Marktest contabiliza 2 021 mil indivíduos que já recorreram ao crédito bancário para aquisição de bens e serviços, um valor que representa 27.4% do total de residentes no Continente com 15 e mais anos que possuem conta bancária. O número de portugueses que recorre ao crédito ao consumo registou uma tendência de decréscimo entre 2005 e 2011, que parece ter-se invertido a partir de 2012, quando 20.4% dos indivíduos afirmou ter recorrido a este produto financeiro. O crédito ao consumo regista maior penetração junto dos bancarizados do sexo masculino, entre os indivíduos com idades entre os 35 e os 44 anos ou entre os empregados do comércio, serviços e administrativos.
A idade é aliás a variável que mais diferencia os indivíduos, seguida da ocupação. Entre as regiões, a Grande Lisboa apresenta o valor mais elevado de recurso ao crédito ao consumo. Esta análise foi realizada com base nos resultados do estudo Basef Banca da Marktest (Marktest.com, Dezembro de 2015)

Sites noticiosos com 3,5 milhões de visitantes

Segundo os dados do Netpanel meter da Marktest, 3,5 milhões de portugueses acederam a sites de informação a partir de computadores pessoais em Novembro. Em Novembro de 2015, 3 milhões e 526 mil portugueses acederam a partir de computadores pessoais a sites de jornais, revistas e de notícias portugueses, um número que corresponde a 58.4% dos internautas nacionais, de acordo com os resultados do Netpanel meter da Marktest.
Durante o mês, acederam a estes sites uma média de 857 mil utilizadores únicos por dia, que visitaram 233 milhões de páginas, uma média de 66 páginas por utilizador.
O tempo total de navegação em sites noticiosos superou as 3,8 milhões de horas, o que equivaleu a uma média de 1 hora e 5 minutos por utilizador. Ao longo do dia, os acessos a estes sites vão subindo gradualmente, até atingir o pico, que se regista entre as 21 e as 22 horas, quando mais de 1,5 milhões de portugueses os visita. Depois disso, regista-se uma quebra bastante acentuada, em especial depois da meia-noite. A análise tem como base informação do Netpanel meter da Marktest, que estuda o comportamento dos internautas portugueses que navegam a partir de computadores de uso pessoal, e é relativa a Outubro de 2015 (Marktest.com, Dezembro de 2015)

O ano de 2015: Internacional


Renascença: 2015 - O ano das vírgulas cor-de-rosa


O ano de 2015: Portugal em revista


O ano de 2015: Casos da Justiça


Futebol: Manuel Machado diz que negócios dos três grandes cava cada vez mais fosso entre os clubes


2015 no Mundo: onde mora o medo


O percurso de Paulo Portas

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Zangas e reconciliações com PSD marcam liderança de Portas

Novo Banco precisa de 1200 milhões de euros


Bom Ano Novo de 2016

Aos meus amigos do Face, aos que através deles acedem aos meus comentários, votos de um Bom Ano Novo de 2016 e que ele vos traga a todos e respectivas famílias, tudo o que desejam, sonham e têm direito. Desejo-vos por isso toda a sorte do mundo e que 2016 seja, para todos vós, um ano melhor que 2015, com mais recordações, com mais alegria, com mais realização, com menos desespero, com menos problemas, dificuldades, ansiedades e tristeza e com mais rendimentos. Sobretudo isso, com mais rendimentos para que as pessoas e famílias recuperem a dignidade e os direitos. Um Bom Ano Novo de 2016 do tamanho do universo para todos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Portugal: O ano de 2015 em revista


Sociedade: O ano de 2015 em revista


Internacional: o ano de 2015


Papa critica dificuldades impostas às famílias

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Ela era a maior. Até ter ficado KO

Ela chama-se Ronda Rousey e é provável que não a conheça. Mas esta norte-americana está para ficar, apesar de ter tido um momento para esquecer, quando a cara dela encontrou o punho de uma adversária. O Expresso continua a apresenta os 10 acontecimentos desportivos de 2015 que mais vale esquecer em 2016. Se o estimado leitor é “Inácio” (que é como quem diz não é assinante da BTV) e não aprecia lutas, então é provável que não conheça Ronda Rousey. Mas vale a pena prestar atenção a esta norte-americana conhecida por ser uma das melhores lutadoras do UFC, campeonato de artes marciais mistas transmitido em Portugal pelo canal benfiquista. Rousey é uma estrela em ascensão, ou não tivesse sido asegunda pessoa mais pesquisada no Google em 2015, depois de Lamar Odom e antes de Caitlyn Jenner (sim, é uma lista muitíssimo ligada à cultura norte-americana; já agora, por curiosidade, a personalidade estrangeira mais pesquisada em Portugal é Taylor Swift).
O ano de 2015 roçou a perfeição para esta jovem de 28 anos, que já tinha no palmarés uma medalha de bronze em judo, nos Jogos Olímpicos de 2008: não só ganhou os 12 combates que disputou no UFC até novembro e passou a ser a atleta mais bem paga (no feminino e no masculino) do campeonato, como entrou na cultura mainstream nos EUA, com presenças nos filmes “Velocidade Furiosa 7” e “Mercenários 3” e nos talk shows de Ellen DeGeneres e de Jimmy Fallon (neste último com um vestido que fez furor nas redes sociais).
Ronda Rousey podia ser só mais uma lutadora no meio de tantas outras, mas a verdade é que sem ela nem haveria outras lutadoras no UFC. É que, antes de Rousey, não havia UFC no feminino, com o presidente do campeonato, Dana White, a ser taxativo quando questionado sobre o assunto, em 2011: “Nunca vamos ver mulheres no UFC”.
Nunca digas nunca, especialmente ao pé de Rousey. “Sei que isto é sexista. Mas tenho de dizê-lo: olho para as mulheres e elas são lindas. Não quero ver uma mulher a levar um murro na cara. Nunca pensei, nem em sonhos, que as mulheres poderiam chegar ao nível competitivo em que estão hoje. Nunca pensei que aparecesse uma Ronda Rousey”, confessou White, já este ano.
Ela convenceu tudo e todos, espalhando feminismo pelo caminho. “As mulheres nos desportos de combate questionam as ideias convencionais do que deve ser uma 'mulher verdadeira'”, defendeu Ronda. “Há muita resistência em aceitar o facto de que não existem papéis para homens e papéis para mulheres. Existe apenas a vontade das pessoas. Não há que dividi-lo em quem pode fazê-lo. Acho que a luta é uma dessas fronteiras finais.”
Ronda não pede desculpa por não usar maquilhagem, dizer o que lhe apetece e não ter aspeto de “menina”, explicou. “Quando era mais nova via que os rapazes de quem gostava liam revistas com raparigas que não eram em nada parecidas comigo e pensava que nunca seria desejada”, contou à “Esquire”. “O despeito foi o meu grande motivador no início. Estava sempre tão zangada com tudo”, acrescentou a lutadora, que batalhou vários anos contra a bulimia, quando era mais nova. A luta sempre fez parte da vida de Ronda e das irmãs, uma vez que a mãe também foi judoca, como contou Rousey na sua autobiografia, “My Fight/Your Fight”, lançada este ano nos EUA. Mas a história da família Rousey nem sempre foi feliz, uma vez que o pai de Ronda cometeu suicídio quando ela tinha oito anos, depois de ter tido um acidente e de ter ficado a saber que nunca mais conseguiria andar.
O episódio foi usado pela adversária Bethe Correia, em agosto, para tentar desestabilizar Rousey antes do combate entre ambas: “Espero que ela [Ronda] não se mate depois de lutarmos”. A graçola correu mal a Correia: foi violentamente espancada por Rousey, que a deixou KO em apenas 34 segundos. Voltamos ao início: o ano de 2015 roçou a perfeição para Rousey. Roçou... até 14 de novembro. Ronda era, como habitualmente, favorita para o combate com Holly Holm, mas foi surpreendida por uma série de murros (que lhe partiram alguns dentes) e um pontapé fortíssimo da adversária. E perdeu o título de campeã, contra todas as expectativas, naquela que foi a luta mais vista do UFC até então.
“Senti-me humilhada. A maneira como lutei foi uma vergonha. Nem sequer estava lá. Fiquei fodida. Preciso de voltar e de derrotar esta gaja”, admitiu Rousey à ESPN, depois da derrota. Não terá de esperar muito: o tira-teimas entre Holm e Rousey já foi marcado para julho de 2016, naquele que será o maior evento do campeonato até hoje, diz o UFC. Ganhe quem ganhar, a luta já está ganha. Pelas mulheres, claro (Expresso, pela jornalista Mariana Cabral)
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O negócio dos direitos televisivos no futebol

Os milhões dos direitos de televisivos do FC Porto e do Benfica são valores baixos quando comparados com os das principais ligas europeias. Só a transmissão dos jogos ingleses, italianos, franceses e alemães valem mais de três mil milhões de euros por ano. Por exemplo, o Barcelona cobra anualmente 160 milhões de euros e o Real Madrid quase 157 milhões bem acima dos contratos celebrados este mês pelas operadoras NOS e MEO.

Pobreza em Portugal

fonte: Expresso

Uma versão minimalista de Schengen

A Holanda discutiu a possibilidade de criar uma versão minimalista do Acordo de Schengen que incluiria Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha e Áustria. O relatório do Executivo foi parcialmente divulgado pelo "De Telegraaf" (Económico)

Síria: As forças envolvidas no conflito

Os países estrangeiros e os interesses dos países estrangeiros que estão envolvidos no conflito na Síria. A Arábia Saudia tem, aparentemente, objectivos diferentes dos da Rússia e do Irão. Alguns analistas acreditam que isso leva a que Riade tente pressionar economicamente os seus rivais com os baixos preços do petróleo (Económico)

Diáspora: Quem são os conselheiros portugueses

São 83 'embaixadores informais' que falam e pensam português em 21 países espalhados pelos cinco continentes. Economia e gestão são as áreas dominantes nesta rede de conselheiros, mas ciência e educação também ganham destaque (Económico)

Refugiados: Movimento de ilegais entre fronteiras

Houve uma quebra acentuada dos movimentos migratórios no centro do Mediterrâneo com destino a Itália, passando a ser a Grécia a principal porta de entrada da avalanche dos refugiados sírios (Económico)

A TAP em números

São mais de 13 mil trabalhadores, cerca de 10 mil dos quais em Portugal, vendas de 2.698 milhões de euros o que, diz Fernando Pinto, faz da empresa o maior exportador nacional. A TAP cresceu exponencialmente em frota e destinos desde 2000, mas há um reverso da medalha: uma dívida superior a 1.000 milhões de euros e capitais próprios negativos em mais de 500 milhões (Económico)

Humor de Henrique Monteiro: Para 2016 eu quero...

fonte: Henricartoon

Salários e contas bancárias respondem por 41% das penhoras em 2015

Duas em cada cinco das penhoras por dívidas fiscais realizadas entre janeiro e o final de novembro incidiram sobre salários e contas bancárias. Nestes 11 meses, este tipo de bens ; respondeu por ; 153.279 penhoras, o que corresponde a 41% das 366.709 concretizadas. ; Os créditos fiscais foram chamados em 26% destes casos. Em média, em 2015, o fisco tem feito 33,3 mil penhoras por mês. O número é inferior ao de 2014 (em que a média mensal foi de 35,3 mil), mas o valor arrecadado é semelhante: 146,8 milhões de euros contra 147,5 milhões de euros no ano passado, segundo os dados solicitados pelo Dinheiro Vivo ; ao Ministério das Finanças. Em termos individuais, quando chega a hora de avançar com a penhora, o bem que mais procurado pelo fisco é o crédito fiscal. No ano passado, este tipo de créditos – onde se incluem reembolsos do IVA ou do IRC – foi chamado em quase 110 mil situações. E este este ano soma já 97.650. Na lista dos ativos mais penhorados seguem-se os saldos de contas bancárias e os vencimentos e salários que, somados, foram usados para a concretização de 41% das penhoras. Estes dados mostram que a preferência do fisco tem sofrido algumas mudanças ao longo destes últimos anos. A penhora de créditos fiscais, por exemplo, era residual no início desta década, mas foi ganhando protagonismo. Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, concorda com esta mudança de orientação. “Faz sentido que, havendo um contribuinte com dívidas fiscais e ao mesmo tempo com imposto a receber, se faça este encontro de contas, antes de se avançar com a penhora de outros bens”, referiu ao Dinheiro Vivo. Em causa estão sobretudo contribuintes coletivos (empresas), já que junto dos contribuintes individuais as oportunidades de se criar um crédito fiscal são mais reduzidas – estando muito limitadas ao momento do reembolso do IRS. A preferência do fisco pelos créditos fiscais, salários, saldos de contas e outros ativos financeiros ou mesmo por pensões (onde o número de penhoras se manteve num nível semelhante entre 2014 e 2015, a rondar os 19 mil casos) tem uma explicação. Apesar da lei não discriminar o tipo de bens que pode ser penhorado, atribui-lhe um conjunto e de princípios. Um deles, previsto no Código de Procedimento e de Processo Tributário, é o da prioridade, segundo o qual “a penhora começa pelos bens cujo valor pecuniário seja de mais fácil realização e se mostre mais adequado ao montante do crédito do exequente”. Neste sentido, os serviços avançam primeiro com a filtragem de valores depositados, dinheiro, créditos, rendas, vencimentos e pensões, “sempre que tenha conhecimento da existência de tais bens”, acentua fonte oficial do Ministério das finanças. Outro dos princípios é o da proporcionalidade e da adequação, o que não tem impedido que, de vez em quando, venham a público casos de pessoas que perdem a casa por dívidas relativamente pequenas. Para travar este tipo de situações, o programa do atual governo prevê a criação de mecanismos ; de proibição de execuções fiscais sobre casas de morada de família relativamente a dívidas de valor inferior ao do bem executado. Já este ano foram dadas instruções para que o sistema automático de penhoras fosse desativado quando estão em causa imóveis que servem de residência. Penhora de imóveis em queda Por influência apenas ou não destas mudanças, certo é que a penhora de imóveis registou este ano uma descida de 60% face a 2014: nestes 11 meses de 2015 terrenos, garagens ou casas responderam por 24.022 penhoras, contra mais de 59 mil no ano passado. A penhora é um dos meios a que o fisco deita mão depois de esgotados todos os prazos de cobrança de uma dívida. Quando o processo se encaminha para este desfecho, a AT é obrigada a observar vários procedimentos antes de avançar com a venda dos bens. Um deles é a notificação – à qual o contribuinte pode-se opôr ; durante 10 dias. A penhora implica também a citação pessoal do visado. Até à marcação da venda é ainda possível ; travar o processo, solicitando o pagamento a prestações e é também possível ir adiando a venda por 15 dias, pagando 20% da dívida inicial. Estes mecanismos e o facto de muitas pessoas apenas se decidirem a pagar as dívidas quando são confrontadas com a iminência de um processo de penhora ; faz com que as penhoras efetivamente realizadas correspondam a uma pequena parcela das que são marcadas: 10% segundo números avançados no verão (Dinheiro Vivo)

Turismo: Verão de recordes foi o que empregou menos

No ano de todos os recordes para o turismo, houve só um que não foi batido: o do emprego. Pelo contrário. O verão de 2015 foi aquele em que o setor registou maior número de hóspedes, de dormidas e de proveitos. Mas, ao contrário do que seria de esperar, o número de pessoas empregadas na restauração e no alojamento caiu para o valor mais baixo alguma vez registado num terceiro trimestre – ou a chamada época alta. A carga fiscal e os custos de contexto demasiado elevados, aliados à dificuldade de acesso ao crédito bancário, são as razões apontadas pelos operadores do setor. Hotelaria recebeu, em julho, agosto e setembro, mais de 6 milhões de hóspedes e faturou 999,6 milhões de euros. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a hotelaria portuguesa recebeu, no conjunto de julho, agosto e setembro deste ano, mais de 6 milhões de hóspedes (um aumento de 8% face a igual período do ano passado), que foram responsáveis por 18,8 milhões de dormidas (mais 4% do que há um ano). Ao todo, a hotelaria faturou 999,6 milhões de euros só no verão, uma subida homóloga de 11,6%. Comparando com o verão de 2008 – ano em que, aliás, o setor estava em desaceleração -, as diferenças são brutais: nessa altura, Portugal tinha recebido 4,5 milhões de hóspedes, que totalizaram 14,3 milhões de dormidas e renderam 707 milhões de euros à hotelaria. O emprego não acompanhou, porém, a evolução destes indicadores. Durante este verão, mostram os dados do INE, os setores da restauração e do alojamento empregaram 272,7 mil pessoas, o que representava 5,9% do total da população empregada em Portugal. No verão passado, o setor empregava 302 mil pessoas (6,6% da população empregada); em 2008, eram 327,9 mil (6,3% da população empregada). Infografia: Telmo Fonseca Para a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), há uma explicação clara para este desfasamento dos números. “Esta realidade não pode ser dissociada do aumento do IVA dos serviços de alimentação e bebidas, que, a 1 de janeiro de 2012 aumentou de 13% para 23%”, justifica ao DN/Dinheiro Vivo fonte oficial da associação. A medida, sublinha, foi responsável pela “destruição de milhares de postos de trabalho nos últimos quatro anos”, além de ter tido efeitos negativos “na estabilidade do emprego”. A verdade é que, antes do aumento do IVA para a restauração, o número de pessoas empregadas no setor rondava, durante todo o ano, a casa dos 300 mil, ou próximo. Após o aumento para 23%, o turismo só conseguiu este nível de emprego nas épocas altas, derrapando nas épocas baixas. O setor bateu no fundo no primeiro trimestre deste ano, quando o número de pessoas empregadas afundou para 249,1 mil, o valor mais baixo de sempre. O aumento do IVA para a restauração foi uma das primeiras medidas do governo de Passos Coelho e mereceu, desde o início, a oposição dos empresários, que salientam as falências e o aumento do desemprego no setor desde que a medida foi implementada. Entretanto, o governo socialista já deixou claro que quer repor o IVA nos 13%, o que deverá acontecer já em 2016, depois de aprovado o Orçamento do Estado. Em abril, quando o PS apresentou o cenário macroeconómico elaborado por 12 economistas, Mário Centeno, agora ministro das Finanças, reconhecia que a redução do IVA implicará uma perda 300 milhões de euros em receitas para o Estado em 2016. Mas a expectativa é de que haja um efeito de estímulo à economia, criação de emprego e criação de riqueza, explicou Centeno na altura. “As empresas vivem no limite da solvabilidade financeira e são obrigadas a tomar opções que permitam garantir a sua sobrevivência, como a utilização de contratos temporários”, diz a AHRESP Até que a reposição do IVA seja concretizada, a AHRESP garante que a tendência de quebra do emprego será para continuar. A própria Comissão Europeia, sublinha a associação, reconhece o “efeito nocivo” de uma taxa tão elevada num setor de peso em termos de emprego. “As empresas vivem no limite da solvabilidade financeira e são obrigadas a tomar opções que permitam garantir a sua sobrevivência, nomeadamente ao nível da utilização de contratos temporários para períodos de maior procura, mas com efeitos ao nível do emprego, que se tornou mais precário”, salienta a mesma fonte. Dados do Eurostat mostram isso mesmo. No final do ano passado, o trabalho temporário representava 30% do total de empregos nas principais atividades turísticas em Portugal, um valor acima da média de 21% que se registava no conjunto da União Europeia. Nas restantes atividades não financeiras, fora do turismo, o peso do trabalho não temporário é de 22% em Portugal e de 14% na União Europeia. “Este dado é indicador de que o setor se adaptou, passando a utilizar mais vínculos de trabalho temporário nos picos de procura e dispensando-os em períodos de baixa faturação”, resume a AHRESP. Por outro lado, aponta Elidérico Viegas, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, as empresas do setor confrontam-se com a dificuldade de acesso ao crédito bancário e com custos de contexto – como a energia e as taxas municipais – demasiado elevados (leia aqui a entrevista completa) (Dinheiro Vivo

Preços dos serviços básicos subiram 25% desde 2011. Salários nem 2%

A partir de 2011 Portugal viveu um período marcado pela entrada da troika e o avanço de uma austeridade sem paralelo. A culpa do resgate foi atribuída “aos portugueses” que teriam “vivido acima das possibilidades”. Agora, volvidos mais de quatro anos, há uma mudança evidente: hoje é mais difícil viver em Portugal sem ser acima das possibilidades. Perceber esta afirmação obriga a olhar além da inflação geral e a entrar na evolução específica dos preços de certos bens, sobretudo os incontornáveis, comparando-os depois com a evolução registada nos rendimentos. (Ver texto abaixo) Os valores globais para a evolução anual dos preços apontam para uma relativa contenção nos preços, com a inflação a variar entre a taxa de 3,7%, de 2011 e os -0,3% de 2014 – em 2015, e até novembro, a inflação rondava os 0,6%. Mas estes valores anuais referem-se a um cálculo que engloba várias classes e subclasses de produtos e serviços, cálculo que acaba por ocultar o jogo de “compensação” entre os bens que registam fortes subidas – os essenciais – e os que sofreram fortes descidas. Serviços básicos Entre aumentos de impostos, taxas e atualizações tarifárias, a austeridade incidiu com maior força nos bens essenciais e ligados à habitação, precisamente aqueles de que é mais difícil – ou impossível – fugir. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), desde 1 de janeiro de 2011 e o final de novembro de 2015, os residentes em Portugal viram a fatura associada ao saneamento básico disparar 53% e a relativa aos serviços de “recolha de lixo” a subir perto de 30%. Já a conta da luz, entre atualizações anuais e a passagem do IVA da eletricidade para os 23%, acumulou uma inflação de 35% de 2011 a 2015. Além do aumento do preço da luz, sublinhe-se a velocidade com que aconteceu: de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, a eletricidade subiu mais de 20%, acumulando nos anos seguintes atualizações anuais de 3% ou superiores. Neste capítulo, há ainda a destacar a evolução do preço do gás (13%) e da água (7,7%) verificada entre 2011 e 2015. Já do outro lado da balança, e enquanto tinham de enfrentar estes aumentos, os trabalhadores viram os salários líquidos em Portugal subir 1,59%, ou mais 13 euros entre o início de 2011 (altura em que o salário médio era de 816 euros) e setembro de 2015 (salário de 829 euros).  É nesta diferença entre evolução de preços e salários que se encontra a razão para a subida da pobreza em Portugal. Transportes À imagem do que aconteceu na energia, os transportes públicos foram outro dos setores atacados pela austeridade desde o primeiro dia. Sérgio Monteiro, hoje responsável pela venda do Novo Banco, deu a cara por estes aumentos: em agosto de 2011 as tarifas subiram em média 15%, depois de em janeiro do mesmo ano já terem aumentado 4,5%. Em 2012 voltaram a subir 5%. Segundo o INE, desde o início de 2011 e novembro de 2015, andar de comboio ficou 27% mais caro, e de autocarro 17% mais dispendioso.  O cenário também tem sido agressivo para quem usa títulos combinados, cujos preços subiram 26% em cinco anos. Ou seja, os preços dos meios de transporte mais utilizados e, para muitos indispensáveis, dispararam. Em sentido oposto, o transporte aéreo: sendo um sector de forte concorrência e dado o reforço das low-cost em Portugal, os preços acabaram por recuar 19,7% desde 2011. Educação, comida e futuro Portugal é um dos raros países europeus que cobram pela frequência universitária, detalhe que, nestes anos de crise, tem impulsionado as desistências. Porto, Coimbra, Minho e Algarve contabilizavam duas mil desistências por motivos financeiros a meio do ano letivo de 2013–14. Mesmo assim, as propinas também aumentaram nos últimos anos: segundo o INE, frequentar o ensino superior ficou 6,93% mais caro desde o início de 2011, evolução que supera a registada na inflação contabilizada no nível de ensino pré-primário e primário (5%) e secundário (2,6%). A saúde viu os preços crescerem 1,72% nos últimos anos, com destaque para o salto expressivo de 16% no custo dos serviços hospitalares. Destaque final para a “alimentação” que, tanto devido à concorrência entre a grande distribuição como graças a uma maior procura  - menos idas a restaurantes -, apresenta uma inflação acumulada de 1,62% desde 2011, com bens como o pão (0,8%), a carne (-3,6%) mas também o peixe, o leite ou o queijo (-2,3%) a tornarem-se mais acessíveis para as famílias. Apesar de todos estes aumentos, certo é que nem a “saída limpa” nem a eleição de um governo de esquerda levaram ao seu desagravamento. Antes pelo contrário: a luz, que subiu 35% desde 2011, vai subir mais 2,5% já em janeiro de 2016. Já em termos políticos, o governo socialista deu antes prioridade à redução do IVA na restauração, mantendo a cobrança de 23% de IVA na eletricidade, um bem essencial que, a pouco e pouco, se foi tornando um luxo. Salários a cair com preços a disparar. Ou como a pobreza cresce Os aumentos significativos registados nos preços de bens e serviços básicos ou obrigatórios (texto principal) vieram numa fase em que também o emprego, os salários e os apoios sociais foram penalizados. É nesta conjugação de fatores que se encontra a razão para o aumento da população em risco de pobreza nos anos recentes – pobreza que até será mais alta do que a mostrada pelos números. No que toca aos salários, e segundo o INE, em março de 2011 o rendimento médio mensal líquido de um trabalhador em Portugal era de 816 euros. Desde então, mostram os dados mais recentes do instituto, o rendimento médio mensal cresceu 1,59%, mais 13 euros, para 829 euros líquidos no terceiro trimestre deste ano – subida que em algumas famílias nem terá compensado o aumento da conta da luz. Mas nem todos tiveram a “sorte” de ver os salários subir 1,6% desde 2011. 20% ganha o SMN Muitos dos trabalhadores que a austeridade empurrou para o desemprego – que chegou aos 18% – conseguiram na segunda metade do reinado da troika regressar ao mercado do trabalho – isto descontando já as centenas de milhares que emigraram. Mas este regresso ao ativo teve um preço, normalmente expresso na diferença no salário que se ganhava e o que se foi auferir. O aumento do total de trabalhadores a receber o salário mínimo nacional (SMN) terá sido muito alimentado por este tipo de situações. Em outubro de 2010, data dos dados mais próximos do início de 2011, 10,5% dos trabalhadores por conta de outrem na economia portuguesa recebia o SMN, então já nos 485 euros. Desde então este total não parou de aumentar: em outubro de 2012 já eram 12,9% e em abril de 2014 atingiu os 13,2%. Com a revisão do valor do salário mínimo, em outubro de 2014, para 505 euros brutos, o total de trabalhadores a receber o mínimo saltou para um quinto (19,6%) dos profissionais por conta de outrem. Também os cortes promovidos nos apoios sociais nos últimos anos fizeram que os próprios desempregados ficassem mais desprotegidos face ao aumento do custo de vida. Dados da Segurança Social mostram que no início de 2011 quem perdia o emprego tinha direito a um subsídio médio de 492 euros mensais, valor então acima do salário mínimo. Agora o subsídio médio é de 450 euros. Pobreza oculta Todo este jogo entre inflação, desemprego, salários congelados ou em queda, subida do total de trabalhadores a receber SMN e subsídios cortados, levou a que os 22,4% de residentes em risco de pobreza ou exclusão social contabilizados em 2011 subissem até aos 26,7% em 2015, segundo o INE. É no entanto duvidoso que estes números mostrem a real dimensão da miséria em Portugal: o risco de pobreza responde a uma métrica europeia que situa naquela situação todos aqueles com rendimentos equivalentes a “60% da mediana do rendimento” do país. Ora como os salários em Portugal mal mexeram desde 2011, o limiar oficial a partir do qual se está em risco de pobreza também mal mexeu: subiu 1,3% de 2011 a 2015. Mas a luz ficou 35% mais cara, o gás 13%, os serviços hospitalares 16% e os transportes mais de 20%. Tudo bens que influenciam o custo de vida mas que acabam por não ser tidos em conta na avaliação do risco de pobreza (Dinheiro  Vivo)

Bancos portugueses perdem valor. Há menos crédito disponível

As conclusões do Banco de Portugal estão na análise do sistema bancário relativo ao terceiro trimestre deste ano. Os dados são referentes ao período anterior à resolução do Banif. O crédito malparado está a aumentar. O Banco de Portugal alerta para a perda de valor dos activos dos bancos. Na avaliação do sistema bancário português, referente ao terceiro trimestre do ano, divulgada esta segunda-feira, o regulador justifica esta redução com a quebra do crédito a clientes.
Os activos tiveram uma depreciação de 2,3% entre Junho e Setembro de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado.
Estes dados foram recolhidos até 1 de Dezembro, ou seja, são anteriores à resolução do Banif e posterior venda do banco ao Santander.
O crédito em risco dos bancos aumentou para 12,9%. Um crescimento ligeiro em termos comparativos com o mesmo período do ano passado, mas que se comparado com 2010 vale já mais 7 pontos percentuais.
As empresas não financeiras são quem mais contribui para o malparado. Em relação aos depósitos dos portugueses mantêm-se resilientes. Ainda assim no terceiro trimestre deste ano, a rentabilidade do sistema bancário registou valores positivos. Em termos homólogos, a melhoria dos resultados resultou essencialmente da redução do fluxo de imparidades e provisões (Renascença)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Três em cada 4 portugueses chumbaram num inquérito sobre juros, inflação e poupanças


Um inquérito feito em 145 países sobre como as pessoas lidam com o dinheiro colocou Portugal ao mesmo nível do Ruanda e abaixo do Burkina Faso. Três em cada quatro portugueses chumbou no teste com cinco perguntas muito simples sobre finanças pessoais. O Contas-poupança desafia-o agora a tentar responder às perguntas e dá-lhe as respostas.

Entra em filmes pornográficos para poder dar Natal especial ao filho

Uma jovem mãe resolveu mudar a sua vida depois de ter visto o filho triste no Natal passado. Megan Clara, de 20 anos, optou por começar a trabalhar em filmes pornográficos depois de, no ano passado, ter visto a cara de desilusão do seu filho ao receber os presentes natalícios que lhe pode oferecer. Segundo o Metro UK, a mulher vivia com cerca de 80 libras semanais, cerca de 110 euros, e ao entrar no cinema pornográfico passou a receber 500 libras, cerca de 680 euros, por cada cena. O grande objetivo de Megan Clara é que o seu filho tenha um Natal inesquecível e, para isso, gastou 1.250 libras, cerca de 1.700 euros, em presentes. “Algumas pessoas acham que o estou a educar mal mas não é assim. É o meu único filho e agora tenho, finalmente, dinheiro para lhe dar coisas lindas”, justifica (Notícias ao Minuto)

Pequim expulsa jornalista francesa após artigo sobre terrorismo

Ursula Gauthier, da revista L'Obs, publicou um artigo sobre a região de Xinjiang (noroeste da China). O local é descrito como um “foco frequente de tensões” entre a maioria étnica Han e a minoria muçulmana Uigur. A jornalista tinha sido anteriormente criticada pelas autoridades chinesas e foi também alvo de ameaças à integridade física e profissional
O Governo chinês confirmou este sábado que não vai renovar a autorização de correspondente à jornalista francesa Ursula Gauthier, da revista L'Obs, por causa de um artigo sobre terrorismo e resposta de Pequim aos atentados de Paris.
O porta-voz do Ministério dos Assuntos Exteriores da China, Ku Lang, indicou que a jornalista francesa terá de abandonar o país até 31 deste mês e acusou-a, num comunicado, de "defender os terroristas" e de provocar a "ira" no povo chinês numa reportagem publicada pela revista a 18 de novembro último.
No artigo, Ursula Gauthier abordou a situação na região de Xinjiang (noroeste do país), como um "foco frequente de tensões" entre a maioria étnica Han e a minoria muçulmana Uigur, depois de a China reivindicar que também é "vítima" do terrorismo após os atentados de Paris. 
A reportagem gerou uma forte reação do Governo de Pequim, que chamou a jornalista ao Ministério dos Assuntos Exteriores e congelou o processo de renovação da carteira de jornalista correspondente como forma a obrigar Ursula Gauthier a retratar-se.
"Como não apresentou uma desculpa séria ao povo chinês pelas suas afirmações erróneas sobre atos terroristas, não é adequado que continue a trabalhar na China", afirmou.
No artigo, Ursula Gauthier refere que a região de Xinjiang tem sido alvo de vários ataques nos últimos anos, incidentes que as autoridades chinesas associam aos grupos 'jihadistas', embora alguns responsáveis da minoria Uigur, exilados, considerem que se trata de respostas à repressão que esta comunidade sofre por parte do regime de Pequim. Na semana posterior aos atentados de 13 de novembro em Paris - que provocaram 130 mortos e mais de 350 feridos -, o Governo chinês reivindicou junto da comunidade internacional que a China deve ser considerada como "mais uma vítima do terrorismo", exemplificando com o ataque a uma mina em Xinjiang, ocorrido a 18 de setembro, cerca de dois meses antes, que até então ficara em segredo. A jornalista francesa, em Pequim há seis anos, já foi criticada pelas autoridades de Pequim em artigos publicados em diários oficiais chineses, onde foi também alvo de ameaças à sua integridade física e profissional. Sexta-feira, Ursula Gauthier, anunciou ter sido informada pelas autoridades chinesas de que seria expulsa do país a 31 de dezembro de 2015, sendo o primeiro jornalista estrangeiro a ser expulso desde 2012.
"Confirmaram-me que se eu não pedisse desculpas públicas (...), quebrando a solidariedade com as Organizações Não-Governamentais (ONG) estrangeiras, não seria renovada a minha acreditação como jornalista no país, o que obriga a que tenha de abandonar o território chinês", esclareceu.
"As autoridades chinesas são inflexíveis e inamovíveis", lamenta.
A jornalista já tinha dito às autoridades que um pedido de desculpas público estava "fora de questão" e, a seu ver, era "impensável". O último jornalista a ser expulso da China foi Melissa Chan, que trabalhava para o canal de televisão Al Jazeera, em 2012 (Expresso)

Maioria das penhoras em 2015 incidiu sobre salários e contas bancárias dos contribuintes


A maior parte das penhoras feitas este ano foi directamente aos salários e contas bancárias dos contribuintes. Até novembro, as famílias e empresas deviam pelo menos 148 milhões de euros em impostos.

Auditoria revelou ordenados a médicos com valores altos que levaram a cortes das horas extra


Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas em 2012 detetou ordenados de 50 mil euros pagos a certos médicos que, segundo o Correio da Manhã, levaram a ARS de Lisboa e Vale do Tejo a implementar cortes nas horas extraordinárias. O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos diz que o anterior Governo levou a cabo uma ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde e pede mudanças.

Mudanças fiscais e na função pública em 2016


Os funcionários públicos vão receber no próximo ano o dinheiro dos cortes salariais do período da troika e vão trabalhar apenas 35 horas por semana. As pensões mais baixas vão aumentar e o salário mínimo nacional sobe para 530 euros, já em Janeiro. Numa rápida volta por Lisboa, vamos tentar perceber o que vai mudar na vida dos portugueses.

Falando de receitas com impostos

fonte: Correio da Manhã

Pagamos muito pela televisão que temos?

Estudo da Comissão Europeia diz que pacotes triple-play em Portugal custam em média mais 20%. Operadores contestam esta conclusão e recordam que a sua oferta tecnológica também é melhor. Sim, mas... Começa com estas duas palavras a resposta à pergunta feita no título. Sim, a Comissão Europeia concluiu que pagamos mais do que a média europeia pelos nosso pacotes de acesso a televisão, internet e telefone. Mas — contrapõem os operadores do mercado português — a metodologia do estudo que suporta esta conclusão é questionável e esquece o “valor intrínseco” da oferta global existente em Portugal, que os operadores consideram ser também ela superior à média europeia. Podem os números não significar tudo?
Comecemos pelo início. No âmbito da estratégia subordinada à Agenda Digital para a Europa, a Comissão Europeia encomendou um conjunto de relatórios para avaliar e comparar a cobertura, a velocidade e os custos de acesso à internet de banda larga nos 28 países da União Europeia. E, em matéria de preço, as conclusões não foram favoráveis ao mercado português: o custo médio dos pacotes triple-play comercializados no nosso país supera em 20% o preço médio dos mesmos pacotes disponíveis na restante UE.
Ou seja, segundo o estudo — que se baseava nos preços médios praticados em fevereiro deste ano —, enquanto em Portugal, por exemplo, o preço médio de um pacote triple-play com internet de banda larga entre os 30 e os 100 Mbps se situa na ordem dos €50, a média europeia para esses pacotes ronda os €43. E nos mesmos pacotes, mas com internet entre 12 e 30 Mbps, o preço em Portugal mantém-se no patamar dos €50, enquanto na restante UE cai para os €40.
Além de notar esta discrepância, o estudo encomendado pela Comissão Europeia deixa também claro que o cenário de divergência entre Portugal e os parceiros europeus nos custos de acesso a pacotes de internet de banda larga, televisão e telefone até já foi maior. Nos últimos quatro anos, por exemplo, os preços do acesso a pacotes triple-play em Portugal têm caído de forma constante. E o custo do acesso exclusivo a internet de banda larga ou a pacotes apenas de internet e televisão caiu mesmo de forma abrupta em 2014 nas modalidades até então mais caras (ver gráficos).
Os dados do estudo confirmam também que em Portugal mais de 50% das ligações de banda larga subscritas pelos clientes têm velocidades de download de pelo menos 30 Mbps, um registo que praticamente duplica a média europeia nesse tipo de ligação à internet.
Outra das áreas em que Portugal se destaca é no facto de as ofertas triple-play (às quais entretanto se foram somando as quadruple-play ou quintuple-play, com inclusão de telemóveis ou banda larga móvel nos pacotes comercializados por operadores como NOS, MEO, Vodafone TV ou Cabovisão) representarem quase 80% do número de subscrições de banda larga no país. E isto é praticamente o triplo da média europeia, onde é mais frequente a subscrição de pacotes só de acesso à internet, só com net e telefone fixo, ou só com net e televisão.
Em Portugal, de resto, e segundo dados da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom), essa tendência continua a reforçar-se: no final do segundo trimestre de 2015, o número de subscritores de ofertas em pacote atingiu os 3,1 milhões, ou seja, mais 12,7% face ao trimestre homólogo de 2014. Deste universo, 42,5% dos subscritores tinham pacotes triple-play e 36,4% tinham pacotes quintuple-play, a “modalidade que mais tem crescido nos últimos trimestres”, notava a Anacom no seu relatório.
No mesmo documento, a Anacom sublinhava que as receitas dos serviços em pacote atingiram, no segundo trimestre deste ano, os €737 milhões, o que representava para os operadores uma receita média mensal de €40,48. É também com base nestes indicadores que a Associação dos Operadores de Telecomunicações (APRITEL) destaca que “a fatura média mensal dos consumidores portugueses com os pacotes mais vendidos tem vindo a diminuir consistentemente desde 2011”, com quebras que oscilam entre os 5,1% e os 10,5%.
Face a estes números, a APRITEL argumenta que o facto de Portugal não aparecer nos melhores lugares do estudo da Comissão Europeia em matéria de preços se deve a “fatores exógenos ao sector das telecomunicações”, como a comparação de preços com IVA e ajustados pelas PPP. Questões que a APRITEL sustenta que “dizem respeito a toda a economia e que penalizam a posição relativa de Portugal neste tipo de comparações”.
Além de que, reforça a associação, a análise dos preços não deve também “ser alheada do forte investimento que se fez no desenvolvimento das redes e em qualidade de serviço” no nosso país. Porque não é por acaso que, no conjunto dos estudos da Comissão Europeia, Portugal “regista a melhor performance da UE” em termos de cobertura em todas as tecnologias adotadas e tem “um desempenho de excelência” nas velocidade disponíveis.
A tudo isto acresce, segundo os operadores, a constatação de que o estudo da Comissão Europeia “não capta devidamente o valor intrínseco das ofertas em cada país”. E nesse aspeto, dizem, a experiência média do consumo de televisão em Portugal não se compara nada mal com os parceiros europeus. “Por exemplo, em Portugal banalizou-se a funcionalidade de podermos (re)ver os programas até sete dias para trás, quando na vasta maioria dos países tal funcionalidade é muito mais limitada, quer em termos de dias, quer em termos de canais”, aponta a APRITEL (texto do Expresso, do jornalista ­Adriano Nobre)

Humor de Henrique Monteiro: Pódio de Natal

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: o adeus

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: A escolha mais sensata

fonte: Henricartoon

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Boas Festas, Bom Natal 2015

Boas Festas a todos os meus leitores e a todos aqueles que, de uma forma ou de outra, acedem a esta minha página ou partilham os meus comentários. Votos de um Natal de Paz para todos vós e famílias e que o espírito desta Quadra muito especial e única a todos ilumine afastando os problemas, preocupações, dificuldades, ansiedades que fazem parte de um quotidiano sempre cheio de incertezas. Boas Festas e Feliz Natal 2015

O banco nascido do sonho de Horácio Roque

Veja aqui o retrato do Banif, até agora o sétimo maior banco português (Económico)

Universidades: Portugal é dos países com mais praxes

As praxes são uma prática muito comum nas universidades portuguesas. Cerca de 73% dos inquiridos pelo 'Universia' assumiram que foram praxados, mas 80% dos estudantes não reporta o que aconteceu. Mais de metade dos jovens acredita que a praxe provoca consequências psicológicas (Económico)

Parlamento elege cinco novos conselheiros, estreia do BE e PCP

Falta de consenso entre PS e PSD faz ir a votos duas listas para o órgão consultivo do Presidente. Maioria de esquerda deverá dar vantagem à lista PS/BE/PCP, que conseguirá eleger três, passando a Direita para apenas dois, o inverso do que se verifica actualmente. Pela primeira vez o Bloco e comunistas vão ter um conselheiro. Além destas estreias, entra também Adriano Moreira, do CDS (Económico)

Sobretaxa: as propostas do partidos

A proposta inicial do PS de reduzir a sobretaxa de IRS para metade teve de ser negociada com os outros partidos de esquerda, BE e PCP (Económico)

Bipartidarismo afasta por agora clã Le Pen

O partido Frente Nacional obteve um recorde de 6,8 milhões de votos no domingo, na segunda volta das regionais, mas continua sem qualquer representação (Económico)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

O que é que o governo de Costa vai dar em 2016?

fonte: Correio da Manhã

Humor de Henrique Monteiro: Os insuspeitos

fonte: Henricartoon

Unicef mostra como é ter um bebé numa zona de guerra


Ministério da Defesa russo abre caixas negras do caça abatido pela Turquia


A Rússia garante que o caça abatido pela Turquia nunca foi uma ameaça nem chegou a entrar no espaço aéreo turco, garantias do Ministério da Defesa russo que abriu em direto as caixas negras para jornalistas e especialistas.

Opinião: "A política tem de começar a ser diferente da vigarice"

1. Informações essenciais escondidas do Parlamento e do povo pelos partidos da direita para obter dividendos políticos e para evitar uma maior punição nas eleições. Falsas declarações prestadas por responsáveis políticos e por governantes com o objectivo de branquear a situação financeira. Mentiras em série produzidas activamente ou por omissão pelo governo PSD-CDS e pelo Banco de Portugal. Decisões urgentes adiadas por razões eleitorais apesar de isso causar graves prejuízos à banca, às finanças nacionais, ao Estado e a todos os portugueses. Pode-se dizer que é política, pode-se dizer que são as finanças, pode-se dizer que são os bancos, mas a verdade é que todas estas coisas parecem, cada vez mais, ser casos de polícia. Como se classifica um acto, praticado conscientemente, premeditadamente, por um grupo organizado de pessoas conhecedoras e com acesso a toda a informação, que se traduz na perda de milhares de milhões de euros para o Estado — no desaparecimento de milhares de milhões de euros dos nossos bolsos (para não falar nos prováveis despedimentos)? Como se classifica a propagação sistemática de mentiras sobre o nosso património por parte daqueles que foram encarregados de o gerir com o máximo de prudência, de transparência, de sensatez e no mais rigoroso respeito da legalidade? Como se classifica o recurso a mentiras e a esquivas sistemáticas para obter um benefício político imerecido? Como se classifica uma negligência reincidente desta dimensão por parte de uma (duas? três?) das principais entidades reguladoras nacionais?
A verdade é que é difícil classificar tudo isto porque toda a história do Banif, como outras antes dela, nos parece inverosímil de tanta negligência, de tanto descaramento, de tanto sectarismo político, de tanta irresponsabilidade, de tanto fanatismo ideológico, de tanto desprezo pelos cidadãos e pela democracia.
A verdade é que, ao longo dos últimos anos, cada vez mais, a política e as finanças (em particular a banca) foram-se tornando cada vez mais parecidas com casos de polícia e tornou-se cada vez mais difícil distinguir entre um ministro e um vigarista ou entre um banqueiro e um gangster. E isso é grave porque, se a realidade recente e a história nos confirmam que existem mil razões para não confiar em ministros e em banqueiros, a verdade é que vamos precisar de ministros e de banqueiros honestos e competentes.
É por isso que a primeira prioridade do Governo de António Costa e da esquerda que o apoia no Parlamento tem de ser devolver a credibilidade à acção política (apesar da herança do consulado do PSD e do CDS), devolver a credibilidade à acção governativa (apesar da herança do governo de Passos Coelho), devolver a credibilidade ao sistema financeiro (apesar do BPN, do BPP, do BCP, do BES, do Banif, do Montepio e do que mais adiante se verá) e devolver a credibilidade ao regime de regulação (apesar da inacção do Banco de Portugal e da CMVM), o que significará necessariamente reformar de forma profunda os procedimentos dos reguladores.
É preciso que o Governo actual e a esquerda que o apoia faça diferente e que mostre como é possível, necessário e benéfico fazer diferente. É por isso que a melhor notícia que tive nos últimos dias foi ouvir António Costa dizer que a solução encontrada para o Banif iria ter um "custo muito elevado para os contribuintes". Porquê? Porque, depois de quatro anos de falsidades e propaganda, cheguei a um ponto onde o que quero ouvir da boca do Governo não são boas notícias, mas apenas a verdade. Se pudermos ter um Governo que fala verdade, essa será a melhor notícia possível.
2. Manda a tradição que, nestes dias que antecedem o Natal, se desejem Boas Festas aos amigos e a todos os homens e mulheres de boa vontade e se exprimam votos para o futuro. Faço-o, pela primeira vez desde há alguns anos, com uma esperança nova, porque penso que este Natal pode ser o início de um tempo mais justo e mais feliz para todos, um Natal de verdadeiro renascimento, como há muito não ousávamos sonhar.
Desejo e penso que é possível que o ano de 2016 marque o início de um trabalho de construção de felicidade e de bem-estar para todos de que nos possamos orgulhar durante toda a nossa vida e que possa ser um exemplo encorajador para o mundo.
Usei estas mesmas palavras há dias para exprimir os meus votos no Facebook e alguns amigos acharam exagerada a referência ao “exemplo para o mundo”. Mas é isso que penso. Sei que não há nada mais mobilizador do que um desafio e não vejo nenhuma razão para que não nos disponhamos a vencer o maior desafio de todos. Ao contrário daquela visão pequenina que considera que os portugueses se devem contentar em servir bem os poderosos, não há nenhuma razão para que Portugal não se torne um exemplo na construção de uma sociedade melhor (texto do jornalista do Público, JOSÉ VÍTOR MALHEIROS, com a devida vénia)

Queda de drone fica a centímetros de matar vicecampeão de esqui


Hirscher não ganhou o campeonato do mundo de slalom, mas tão depressa não se esquece do dia em que desceu o circuito de Madonna di Campiglio, em Itália. Veja o vídeo. Marcel Hirscher serpenteia como poucos – e é essa capacidade de deslizar sobre a neve que valeu ao austríaco o campeonato do mundo de esqui nas últimas quatro temporadas. Ontem, o jovem desportista perdeu o título de slalom para o norueguês Henrik Kristoffersen, mas garantiu o prémio mais valioso de todos: escapou ileso a um drone que caiu a centímetros de distância, em pleno slalom. Hirscher não se terá apercebido da queda do drone durante a competição, mas não conseguiu calar o óbvio quando questionado pelos jornalistas: «Isto é horrível. Isto não pode acontecer outra vez. Isto pode fazer estragos muito sérios» (Exame Informática)

Humor de Henrique Monteiro: O ativo tóxico

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Dores de Natal

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: A classe privilegiada

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Desejos de Natal

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: A visita habitual

fonte: Henricartoon

A incrível história da metrópole fantasma da Califórnia

Provavelmente nunca ouviste falar de Califórnia City. No entanto, esta cidade situada no meio do deserto de Mojave é a terceira maior em extensão do estado da Califórnia e a 34ª de todos os EUA. Situada a cerca de 120 quilómetros de Los Angeles, nasceu como uma experiência peculiar do sociólogo Nat Mendelsohn, que sonhava com a construção de uma metrópole que rivalizasse com a capital mundial do cinema. Em 1958, Mendelsohn comprou um enorme terreno no deserto (320 km2) por um valor simbólico e dividiu todo esse território em 51.000 lotes, que seriam depois vendidos. O professor universitário acreditava que as pessoas iriam aderir à ideia e que Califórnia City seria uma realidade e não uma utopia. A verdade é que os seus planos não surtiram efeito. Muitos dos lotes foram vendidos, mas não para efeitos de construção e sim especulação imobiliária.
E uma década depois apenas mil pessoas se tinham mudado para a nove metrópole. Cansados de pagar impostos por um pedaço de areia no deserto, muitos dos investidores deixaram de pagá-los e estes lotes acabaram por ficar nas mãos do estado norte-americano. Atualmente, Califórnia City tem pouco mais de 15 mil habitantes, cerca de 100 empresas, um lago e dezenas de ruas não pavimentadas que têm nome mas não têm casas. A metrópole conta ainda com uma base aérea dos EUA, com uma prisão com 2.300 camas e com uma pista de provas da Honda que custou qualquer coisa como 60 milhões de dólares (55,2 milhões de euros) (aqui)