quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Execução orçamental: para onde vai o dinheiro?

fonte: Correio da Manhã

Emigração, médicos e enfermeiros

fonte: Correio da Manhã

Opinião: Os políticos, as eleições e os indecisos

As sondagens valem o que valem mas dão conta de um aumento do número de indecisos à medida que se aproxima o dia 4 de Outubro. Mas, afinal, quem são os indecisos e o que valem? 
Os indecisos são pessoas que estão descontentes, que não sabem se devem votar ou sequer se devem votar neste ou naquele partido. Há também aqueles que já sabem há muito em quem vão votar, mas não o assumem e os que já sabem que não vão votar, mas não querem dizê-lo. 
A caça aos indecisos é, assim, muitas vezes, uma tarefa inglória para os políticos. António Costa escreveu várias vezes aos eleitores e deu particular atenção aos indecisos, pelos vistos sem grandes resultados, mas também Pedro Passos Coelho e Paulo Portas falaram aos indecisos e, pelo que se sabe, não tiveram grande êxito. Vários especialistas acreditam que, em Portugal, as eleições se ganham e se perdem no chamado "centrão" que é o eleitorado mais volátil entre o PSD e o PS que pode ser de centro-esquerda ou de centro-direita. Mas quais são os que existem em maior número e que anseios têm? Essa é a questão para um milhão de dólares, ou seja a resposta para vencer uma eleição. Os argumentos que levam os eleitores a escolher este ou aquele partido podem ir desde os projectos eleitorais, à figura, discurso e atitude dos candidatos ou à intriga de última hora. Por isso, independentemente dos resultados das sondagens, o que vai contar, como aconteceu já este ano no Reino Unido e na Grécia (as sondagens previam empates técnicos e houve lugar a maiorias), são os resultados eleitorais e esses, para já, estão escritos nas estrelas (Económico)

Nuvens negras sobre a retoma europeia

A manhã foi marcada por uma série de indicadores macroeconómicos, que espelham a falta de consistência da retoma económica europeia. Vamos por partes.
A taxa de desemprego subiu em quatro países da União Europeia. Portugal foi um deles, já se sabia, mas também a Alemanha padeceu do crescimento do número de desempregados. Por cá houve também uma quebra na produção industrial, enquanto as vendas a retalho mantiveram-se a crescer em Agosto, mas a um ritmo inferior ao registado anteriormente. Tudo sinais de que a melhoria da confiança ainda não está a ter um suporte em várias áreas importantes.
A nível europeu, uma notícia que vai marcar os próximos tempos. A primeira estimativa aponta para que a inflação europeia tenha voltado a terreno negativo, em Setembro, devido sobretudo à pressão da descida do custo dos combustíveis. Desde Abril que o valor não era negativo, e coloca agora uma questão ao BCE: com o ‘quantitative easing' no terreno, com o objectivo exactamente de suportar uma alta moderada dos preços, será que o plano está a funcionar? E o que mais poderá ser feito nesse sentido?
Foi também divulgado o Relatório de Competitividade Mundial 2015-2016, do Fórum Económico Mundial, e Portugal não fica bem na fotografia. Caiu duas posições face à análise anterior e está no número 38, num ‘ranking' liderado pela Suíça, pelos EUA e por Singapura, seguindo-se a Alemanha, que melhorou um nível.
Apesar das dúvidas lançadas pela economia real, as praças europeias estão a viver um dia positivo, depois da instabilidade das últimas semanas. No dia em que termina o terceiro trimestre, o período será de perdas, apesar da recuperação de hoje. O entusiasmo veio já da sessão das bolsas asiáticas mas parece tratar-se sobretudo de uma reacção técnica depois da derrocada da Volkswagen e de outros títulos do sector automóvel. Por cá, só a Teixeira Duarte mostrava dificuldade em acompanhar a valorização geral, num dia em que a estrela era a Mota-Engil. O grupo liderado por Gonçalo Moura Martins anunciou ontem após o fecho da sessão que chegou a acordo com a Yilport, do grupo turco Yildirim, para vender a posição na Tertir e noutros activos, garantindo um encaixe de 275 milhões de euros. Por falar em Volkswagen, hoje foi a vez de Wolfgang Schauble, o todo-poderoso ministro das Finanças da Alemanha, defender que "a Volkswagen não será a mesma empresa e terá de mudar estruturalmente".
No mundo dos negócios, o destaque vai para um grande compra em Portugal. Foi na área das energias renováveis, que continuam a ser um dos activos mais animados no que toca a fusões e aquisições.
A nível internacional, o cerco parece estar a apertar-se à volta do Estado Islâmico. Vladimir Putin veio reforçar que irá dar "todo o apoio" às tropas do governo sírio. Aquilo que divide o presidente russo e Obama e Hollande é o que fazer com Al-Assad, que não merece a confiança destes. Para já, parece que a lógica adoptada será "um problema de cada vez", e a prioridade é debilitar e derrotar a força terrorista islâmica que tem na Síria o seu principal foco.
Depois de o FC Porto ter derrotado o Chelsea ontem à noite, e antes de o Benfica entrar em campo contra o Atlético de Madrid, na capital espanhola, o futebol de gabinete dá que falar. Michel Platini, presidente da UEFA, pode vir a ser também visado nas investigações sobre Blatter e a FIFA. Quem o diz é o procurador-geral suíço, que revela que, para já, o antigo número 10 da selecção francesa está entre o estatuto de testemunha e o de arguido.
Voltando a Portugal, e a quatro dias das eleições legislativas, os partidos estão na rua, na hora do tudo por tudo. O PS está a forçar a nota do voto útil, procurando estancar a perda de eleitorado para a CDU ou o Bloco de Esquerda. Manuel Alegre foi umas das figuras que se juntou à campanha, que não contará com António Guterres. Do lado da coligação, Passos Coelho decretou o fim da "ditadura financeira", enquanto o militante/comentador Marques Mendes discursou para deixar várias mensagens: elogios rasgadíssimos a Passos Coelho e Paulo Portas, pedido de uma maioria qualificada para a coligação e alertar para o risco de ingovernabilidade no futuro, com a possibilidade de ser "cozinhado um Governo nas costas do povo".
Para terminar, uma notícia que agradará aos fãs de séries e não só. A Netflix começa oficialmente a operar em Portugal a 21 de Outubro, baseando-se no modelo de televisão por internet, a partir de 7,99 euros por mês (texto do jornalista Tiago Freire do  Económico)

Fantasmas do BPN entram na campanha

O secretário-geral do PS, António Costa, interrogou-se ontem sobre quantos "truques" do Governo estarão ainda por descobrir, no dia em que a Antena 1 noticiou que Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, pediu à administração da Parvalorem - um dos veículo que herdou os activos tóxicos do antigo BPN - para que revisse as contas de 2012 para que estas revelassem um cenário de perdas mais optimista, reduzindo os prejuízos reconhecidos naquele ano.
O Governo e a Parvalorem garantiram que não teve lugar qualquer manipulação das contas da empresa, defendendo que os números em causa eram apenas estimativas para a rubrica "Outras Contas a Receber" e não os números de imparidades reais, já registadas.
Mas António Costa, citado pela Lusa, afirmou que o Executivo foi apanhado "mais uma vez num truque" feito, disse, para "disfarçar as contas" de 2012. "O que nos interrogamos é quantos truques estão ainda por descobrir", sublinhou o líder do PS. Costa prosseguiu: "É dramático para a credibilidade da vida política e da democracia quando, permanentemente, não há semana que passe em que o Governo não seja apanhado numa tentativa de enganar os cidadãos". O líder socialista advogou, todavia, que "não há números, não há truques, não há contabilidades que disfarcem aquilo que é a realidade concreta da vida das pessoas", falando, por exemplo, da emigração dos jovens. 
Já antes, a cabeça-de-lista socialista por Setúbal, Ana Catarina Mendes, tinha acusado ontem o Governo de "mentir" e "mascarar" as contas públicas, num discurso cerrado de ataque a Passos Coelho, Paulo Portas e à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. "Mentira, mentira, mentira!", declarou Ana Catarina Mendes na segunda intervenção do almoço comício ao ar livre em Setúbal, sustentando que se acumulam novas provas de o Governo ter "mascarado as contas públicas" (texto do jornalista do Económico, Filipe Alves)

Contas da Parvalorem: manipulação ou ataque político?

Os fantasmas do caso BPN entraram na campanha eleitoral, com a notícia, avançada pela Antena 1, de que Maria Luís Albuquerque terá pedido à Parvalorem - um dos veículo que herdou os activos tóxicos do antigo BPN - para rever os números das imparidades relativas a créditos a receber. Mas o que está realmente em causa em mais uma questão contabilística que marca a campanha?
1. O que está em causa?
Segundo a Antena 1, Maria Luís Albuquerque terá pedido à administração da Parvalorem para não ser tão prudente no reconhecimento de imparidades relativas aos créditos a receber (na rubrica "Outras Contas a Receber"). De acordo com a Antena 1, após esta intervenção da então secretária de Estado, no início de 2013, a Parvalorem reduziu as imparidades para perdas potenciais de crédito em 157 milhões de euros, o que teria melhorado as contas públicas de 2012 - nesse ano o défice foi 5,7%, valor revisto este mês pelo INE, anteriormente era de 6,4%. As imparidades foram entretanto reforçadas no ano seguinte, em 2013, após a necessária actualização sobre o valor da carteira. As estimativas da administração da Parvalorem revelaram-se, pois, demasiado optimistas. Num ano em que, de resto, a banca portuguesa foi obrigada a aumentar as provisões e imparidades para o crédito malparado.
2. Houve manipulação das contas da parvalorem?
Em termos estritamente formais, segundo a informação que foi noticiada, não houve manipulação, mas foi adiado o reforço das referidas imparidades para o ano seguinte. Mas esta decisão foi legal. Além disso, é normal que o accionista de uma empresa pergunte à administração se esta não está a ser demasiado pessimista no que toca ao registo de imparidades, com base em estimativas de perdas futuras em créditos existentes. O Ministério das Finanças divulgou ontem um comunicado onde refere que "as imparidades são avaliadas e validadas pelos auditores das empresas de acordo com os critérios definidos para o efeito e adequadamente reflectidas nas contas". E acrescentou: "Refira-se que qualquer materialização ou não dessas perdas é sempre registada nas contas da Parvalorem no momento em que se verificam, com o correspondente impacto nas contas públicas, pelo que não há qualquer manipulação ou ocultação de contas".
3. O auditor validou os valores das imparidades?
Sim, mas com reservas e ênfases nas contas. A 31 de Dezembro de 2012, a rubrica "Outras Contas a Receber" incluía um saldo contabilístico de 1,5 mil milhões de euros, que incluía ainda os créditos concedidos a um conjunto de devedores cujas dívidas à Parvalorem se encontravam "garantidas por activos, nomeadamente terrenos", refere a Deloitte numa das várias reservas às contas. Mas acrescentava que, face à crise do mercado imobiliário em Portugal, não se previa uma recuperação do valor daqueles activos, pelo que a Parvalorem não estava a reconhecer nas suas contas um nível suficiente de imparidades. Por essa razão, a auditora concluía que os números apresentados pela administração da Parvalorem relativas a estas avaliações "estavam em geral sobreavaliadas", o que conduzia a uma "insuficiência da imparidade reconhecida nas demonstrações financeiras a essa data". Ao mesmo tempo, a Deloitte adiantava que não lhe era possível quantificar quais as necessidades adicionais de imparidades na rubrica "Outras Contas a Receber", já que a Parvalorem não dispunha de números fiáveis sobre o valor daqueles activos.
4. Houve impacto positivo  no défice de 2012?
A revisão em baixa das imparidades melhorou os resultados da Parvalorem, mas segundo o INE não teve impacto positivo no défice de 2012. Citada pelo "Observador", fonte oficial do INE explicou que só se e quando as perdas relativas às imparidades se materializarem é que serão reconhecidas como prejuízo com um impacto negativo no défice das contas públicas (texto do jornalista do Económico, Filipe Alves)

Relatório de Bruxelas admite custos para os contribuintes no Novo Banco

Eventuais perdas futuras do Novo Banco poderão ser suportadas pelos contribuintes portugueses. O alerta parte de duas técnicas de Bruxelas, que num relatório publicado pela Comissão Europeia não afastam esse cenário como resultado da medida de resolução que determinou o fim do BES e a criação do Novo Banco, capitalizado através do Fundo de Resolução (FR).
"É importante referir que o capital do Novo Banco, que ascende a 4,9 mil milhões, foi completamente subscrito pelo Fundo de Resolução português. A questão aqui é que o Fundo foi criado recentemente (2012) e não tinha fundos suficientes para suportar os custos da operação, pelo que a maior parte do capital [3,9 mil milhões] foi financiado com um empréstimo do Estado, através do Fundo de Resolução. Este caso poderá, assim ser classificado como um ‘bail in', mas como parte do capital foi obtido através de um empréstimo estatal, existe a possibilidade de, no futuro, algumas perdas serem suportadas pelos contribuintes", refere o "discussion paper" publicado este mês na página da Direcção Geral de Assuntos Económicos e Financeiros (DG Ecfin).
O documento analisa sete casos mundiais de resolução bancária, entre os quais o do BES, que teve lugar em Agosto de 2014. E conclui que "as experiências de resgate interno ocorrem geralmente após tentativas falhadas de ajudas públicas (‘bail-out')" e, "na maior dos casos, já vieram tarde e apenas sob pressão dos parceiros europeus". Recorde-se que a resolução do BES teve lugar após o BCE ter colocado o Banco de Portugal entre a espada e a parede, dando-lhe um fim-de-semana para encontrar uma solução para o BES, sob pena de a instituição ficar sem acesso a liquidez. 
O documento é um dos vários "discussion papers" que os serviços da Comissão Europeia produzem todos os anos para "informar a discussão sobre políticas económicas e estimular o debate". Como tal, o documento expressa as ideias das autoras e "não representa necessariamente não a posição oficial da Comissão Europeia". O alerta sobre os possíveis custos para os contribuintes é de Ester Faia, conselheira da Comissão Europeia (CE), e Beatrice Weder di Mauro, que já foi economista do FMI. E contraria as garantias da ministra das Finanças, que tem reiterado que um "eventual encargo" resultante da venda do Novo Banco será suportado por bancos e instituições financeiras e não pelos contribuintes, como sucederia numa eventual nacionalização do BES. 
Na análise aos vários casos de ‘bail in', as autoras concluem que "as poucas experiências europeias existentes não podem servir como modelos ou como testes do futuro regime de resolução". O Fundo de Resolução, embora seja financiado pelos bancos, é um veículo público, pertencente ao perímetro orçamental do Estado. E ao longo do último ano, a Comissão Europeia tem sido clara quanto à natureza pública do Fundo. Em Outubro do ano passado, na decisão que deu o ‘OK' à resolução do BES e à criação do Novo Banco, a Comissão referiu que "todos os dinheiros do Fundo são atribuíveis ao Estado", isto é, os 4,9 mil milhões injectados no Novo Banco (incluindo 3,9 mil milhões emprestados pelo Tesouro e 700 milhões emprestados pela banca) são dinheiros públicos. E, notando que o Fundo de Resolução "está completamente sobre o controlo do Estado", acrescentou: "A Comissão, neste contexto, observa que as autoridades portuguesas não disputam de que esta medida [de resolução] constitui ajuda de Estado".
Governo garante que serão  os bancos a pagar
Em Março passado, na comissão de inquérito ao BES, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque defendeu que, apesar da injecção de fundos públicos, algum eventual prejuízo será suportado pelas contribuições de instituições financeiras, que são obrigadas a financiar o Fundo, através de contribuições anuais e do imposto especial sobre o sector. "É sobre elas que recairá um eventual encargo", vincou a governante na altura. 
Já no início de Setembro, após o Banco de Portugal ter dado conta que não chegou a acordo com os chineses da Anbang para venda do Novo Banco Maria Luís Albuquerque reiterou que "os contribuintes não serão chamados a cobrir qualquer prejuízo com este processo. Isso cabe ao Fundo de Resolução". Instada a comentar o impacto decorrente da participação do banco público no FR, a governante não escondeu que a CGD " é um banco igual aos outros em termos de direitos e obrigações para esta matéria", concluindo que "em todas as outras questões, os contribuintes não serão chamados. E no caso da CGD é uma via indirecta, que decorre do facto de o banco ser público".
A 15 de Setembro, com o anúncio do adiamento da venda do Novo Banco para depois das eleições legislativas, o BdP justificou a interrupção do processo devido à ausência de ofertas "satisfatórias" [da Anbang, Fosun, e Apollo] com o "superior interesse público de salvaguarda da estabilidade financeira". Até ao fecho, não foi possível obter esclarecimentos de fonte oficial da Comissão Europeia (texto dos jornalista do Económico, Lígia Simões, Filipe Alves e Luís Reis Pires, com a devida vénia)

Futebol: Árbitro interrompe entrevista em direto para assumir erro e pedir desculpa


Um árbitro a admitir que errou. Impensável? E se tiver sido em direto na televisão, ainda mais incrível? O inimaginável aconteceu na Turquia, quando Deniz Coban interrompeu a flash interview do treinador do Kasimpasa, Riza Calimbay, para fazer um pedido de desculpas público aos técnicos de ambas as equipas, à Federação turca e ao comité de arbitragem. O jogo do Kasimpasa, onde joga o médio português André Castro, com o Rizespor acabou empatado (1-1), com esta equipa a marcar o golo do empate já no período de descontos, na transformação de uma grande penalidade.
No fim do encontro, o árbitro terá revisto as imagens na televisão e concluiu que tomou a decisão errada ao assinalar penálti. E não hesitou em assumir o erro. “Peco-lhe desculpa a si [Calimbay], às equipas do Kasimpasa e do Rizespor, à Federação turca e ao comité de arbitragem. Depois disto, tenho de repensar o meu futuro”, disse Deniz Coban, traduzido pelo Guardian. O treinador do Kasimpasa, a equipa prejudicada, que estava a dar a entrevista, não ficou imune ao inesperado pedido de desculpa e acabou por ser ele a confortar o árbitro. “Todos nós cometemos erros, mas o simples facto de ter a coragem de vir aqui admitir o seu merece muito respeito. Não fale em abandonar a profissão, o jogo precisa de pessoas como o senhor”, afirmou Riza Calimbay, antes de lhe estender a mão (Sol)

Défice penalizado em 150 milhões por empresa da CGD

A Wolfpart, uma empresa de activos imobiliários detida a 100% pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) - conhecida pelo investimento no empreendimento turístico de luxo Vale do Lobo - penalizou o défice orçamental do primeiro semestre deste ano em cerca de 150 milhões de euros, apurou o Diário Económico. O efeito já foi registado pela Direcção-geral do Orçamento (DGO) no boletim referente à execução orçamental de Agosto.
São mais 150 milhões de euros a pesar no défice orçamental deste ano - um exercício de contas públicas que já era considerado de alto-risco. No primeiro semestre, a CGD transformou suprimentos que tinha feito à Wolfpart em capital. O que para o banco público não passou de uma operação contabilística, apanhou, ao que o Diário Económico apurou, o Ministério das Finanças de surpresa e ajudou a estragar as contas públicas do primeiro semestre.
Para a Wolfpart não terá havido dinheiro fresco a entrar: tratou-se de um empréstimo que a CGD tinha feito à sua empresa de activos imobiliários e que passou agora a ser considerado capital (mas cujo dono continua a ser a CGD). O aumento de capital tornou-se imprescindível, porque os capitais próprios da empresa estavam negativos, na sequência da desvalorização de activos como o centro comercial de Braga (ex-Dolce Vita Braga).
Mas para as contas das Administrações públicas, a operação somou duas décimas do PIB ao défice do primeiro semestre. Na quarta-feira passada, o INE revelou que o défice em contabilidade nacional (a que interessa a Bruxelas) ficou em 4,7% do PIB, bem acima da meta de 2,7% prevista pelo Governo para o conjunto do ano. Dois dias depois, no reporte mensal da execução orçamental, a DGO também viria a registar esta operação como efeito extraordinário nas contas, até Junho.
No PIB anual, esta má notícia pesa cerca de uma décima. Mas junta-se a outros desvios extraordinários já registados, como as operações de financiamento do Estado à STCP e à Carris, e à recapitalização do banco Efisa pela Parparticipadas. Tudo somado, são quatro décimas no PIB semestral e cerca de duas décimas no valor anual.
Como operações extraordinárias, nenhuma conta para as metas definidas pela Comissão Europeia. Bruxelas tem frisado que o exercício orçamental dos Estados-membro deve ser avaliado pelo esforço estrutural de consolidação, que desconta efeitos irrepetíveis em anos seguintes. Contudo, Portugal tem consecutivamente apresentado défices orçamentais superiores às metas inicialmente estabelecidas por motivos extraordinários - o que torna a existência destes efeitos recorrente.
Inclusão da Wolfpart  nas contas foi polémica
Quando, em Setembro do ano passado, o INE divulgou a inclusão desta empresa de participações imobiliárias nas contas das administrações públicas, a CGD opôs-se ferozmente. O banco público considera a Wolfpart como uma sociedade meramente instrumental, totalmente dependente da CGD.
Contudo, as regras europeias ditam que as contas da Wolfpart entram nos cálculos do défice. É que esta é uma instituição financeira cativa, isto é, uma sociedade que não exerce intermediação financeira nem presta serviços auxiliares financeiros e cujos activos ou passivos não são, na sua maior parte, objecto de operações em mercados abertos. 
Ora, de acordo com o Sistema Europeu de Contas 2010 e o Manual do Défice e da Dívida das Administrações Públicas, as instituições cativas públicas são integradas no sector institucional das Administrações Públicas. 
O Diário Económico contactou o Ministério das Finanças e a CGD, mas não recebeu respostas até ao fecho da edição (texto da jornalista do Económico, Margarida Peixoto, com a devida vénia)

Legislativas-2015: Mãe revoltada antecipa-se ao discurso de Jorge Coelho


Mulher discursou sobre o filho emigrado na China. Uma senhora causou esta terça-feira um susto à comitiva socialista, em Setúbal, ao subir ao palco dos oradores, antecipando-se ao começo do discurso do ex-dirigente do PS Jorge Coelho, mas depois falou como "mãe revoltada" contra o Governo. Por momentos, entre os socialistas, temeu-se o pior, mas a senhora transmitiu a pena por ter o seu filho emigrado na China. "Falo de sofrimento. Uma mãe não pode ficar calada", disse, recebendo então palmas dos apoiantes socialistas.

Humor de Henrique Monteiro: Passos em xeque

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Ó sorte!

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Matiné

fonte: Henricartoon

Passos Coelho mantém liderança nas menções nas redes sociais

Passos Coelho mantém-se o político mais mencionado nos social media ao longo da última semana. Entre 21 e 27 de Setembro, o Primeiro-ministro manteve-se no topo da lista das personalidades mais mencionadas em sites como Facebook, Twitter, Google+, Instagram, Blogs, Fóruns, Youtube e Notícias RSS, de acordo com os dados do serviço Social Media Explorer do Grupo Marktest. Passos Coelho recolheu 29% do total de menções ocorridas neste período relativas a políticos nacionais, tendo António Costa recolhido 26%, José Sócrates 16% e outros políticos 29%. Paulo Portas foi responsável por 11% das menções a políticos neste período enquanto Catarina Martins recolheu 7% das referências. Em conjunto, estas cinco personalidades concentraram 90% das menções a políticos na semana em análise. O Marktest Social Media Explorer é um serviço que monitoriza conteúdos veiculados nos social media relacionados com marcas ou personalidades. Neste momento, existe uma base permanente de cerca de 400 marcas em análise (fonte: Marktest.com, Setembro de 2015)

Fundações: retrato nacional e internacional

'Troika' exigiu avaliação das fundações em Portugal e Governo lançou censos (Económico)

Como foi capitalizado o Novo Banco


O BdP decidiu aplicar uma medida de resolução ao antigo BES. O banco foi então divido em "bom" e "mau", com o primeiro a adoptar a denominação Novo Banco (Económico)

População: projecções para a Europa em 2050

Portugal e Alemanha estão entre os países que vão sofrer maior quebra nas suas populações até 2050 (Economico)

Kary Perry assediada por fã brasileira


Durante a sua atuação de domingo passado no Rock in Rio, no Rio de Janeiro, Katy Perry chamou ao palco uma fã que acabou por se revelar muito atrevida. Rayane (nome que a cantora não conseguia pronunciar corretamente) passou os três minutos em palco a abraçar, a beijar e a apalpar Katy Perry, que lidou com a situação com muito humor. Pelo meio, a cantora de 'Roar' conseguiu perguntar à jovem brasileira: "Falas português, certo? Podes ensinar-me a dizer algumas palavras em português?". Um pedido a que Rayane atendeu prontamente (Correio da Manhã)

Humor de Henrique Monteiro: O nenuco

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Há água salgada em Marte

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Direita dolorosa

fonte: Henricartoon

Humor de Henrique Monteiro: Alta cultura

fonte: Henricartoon

Técnicas de ressuscitação e o caminho para a Europa. O top de pesquisas Google na Síria


A Al Jazeera perguntou à Google quais eram as pesquisas mais frequentes feitas a partir da Síria. A resposta foi bastante sintomática da guerra que assola o país desde 2012, que já matou cerca de 200 mil pessoas e que levou mais de 4 milhões a fugir além-fronteiras. Os dois termos mais pesquisados foram “imigração para a Alemanha” e “asilo na Alemanha” — questões que serão pertinentes para as 800 mil pessoas que o governo de Angela Merkel disse esperar que chegassem a território germânico para obterem o estatuto de refugiados. Também há quem procure mapas da Europa, ou, mais concretamente, da Alemanha ou da Grécia, preferencialmente em árabe. Enquanto uns procuram sair, os que ficam tentam sobreviver. Por isso, outras das pesquisas mais frequentes são feitas para saber onde é o “hospital mais próximo”, como “tratar de uma queimadura” em casa ou “como fazer respiração boca-a-boca” (Observador)

Redes sociais mais móveis

Acompanhando a tendência geral, o acesso às redes sociais faz-se, cada vez mais, através do smartphone. Segundo os resultados do estudo Os Portugueses e as Redes Sociais 2015, o computador portátil ainda é o equipamento que mais utilizadores de redes sociais usam para se ligar a estes sites: 61.7% diz usá-lo. Mas ele tem vindo a perder relevância para o smartphone, que é hoje o segundo equipamento mais usado, por 58.1% dos utilizadores.
Uma análise longitudinal permite confirmar esta tendência. O gráfico mostra como o smartphone tomou o lugar ao computador de secretária em 2013 registando desde então crescimento contínuo, contrariamente aos outros equipamentos. Espera-se que esta tendência venha a acentuar-se no futuro, visto que o smartphone é o equipamento mais usado pelos portugueses para aceder a redes sociais durante todos os períodos do dia, à exceção do compreendido entre as 20 e as 24 horas, que é também quando mais utilizadores dizem aceder e onde o portátil ganha primazia. Os Portugueses e as Redes Sociais 2015 é um estudo realizado pela Marktest Consulting desde 2011 (fonte: Marktest.com, Setembro de 2015)

Metade do investimento publicitário em 20 anunciantes

Os dados da MediaMonitor mostram que, em Agosto, os 20 maiores anunciantes foram responsáveis por metade do investimento em publicidade. De acordo com os dados da MediaMonitor, a Unilever-Jerónimo Martins manteve em Agosto a liderança da tabela dos maiores investidores em publicidade, posição que ocupa desde Abril. Foi responsável por um share of voice de 9.0% face o total do mercado publicitário de Tv, rádio, imprensa, outdoor, cinema e Internet e de 18.0% relativamente ao total dos 20 maiores anunciantes do mês.
É de salientar que o período de recolha da informação relativa a Agosto de 2015 não está ainda concluído para todos os meio (ver nota da situação referente ao mês de Agosto). A Portugal Telecom subiu à segunda posição, sendo responsável por 3.8% do investimento publicitário total e por 7.6% do colocado pelos 20 maiores anunciantes do mês. A L'Oréal subiu à terceira posição, com um share of voice de 3.4% face o total do mercado publicitário e de 6.8% face o total dos 20 mais. Estes três anunciantes foram responsáveis por 16.3% do total investido a preços de tabela neste mês e, em conjunto, os 20 maiores anunciantes foram responsáveis por 50.1% do bolo publicitário mensal, em preços de tabela. Entre os 20 maiores investidores publicitários, encontramos 7 empresas do grande consumo, 3 das telecomunicações, 3 do sector das bebidas, 2 da grande distribuição e 5 de outros sectores. Os maiores investidores privilegiaram, mais do que a média, a televisão - para onde canalizaram 92.4% dos seus budgets. Ao outdoor dedicaram 3.1% dos montantes, à Internet 2.9%, à imprensa 1.0%, à rádio destinaram 0.4% e ao cinema 0.2%. Nos primeiros oito meses do ano, a maior fatia do investido a preços de tabela foi dirigida à televisão, com 75.5%. A imprensa captou 8.7% dos montantes totais, a Internet 7.1%, cabendo 8.6% aos restantes meios analisados pela MediaMonitor. Esta análise foi realizada com recurso ao software MMW/Admonitor da MediaMonitor, para o período compreendido entre 1 e 31 de Agosto de 2015 (fonte: Marktest.com, Setembro de 2015)

Europa: O que é o 'Plano Juncker?

Foi anunciado em novembro do ano passado e estará pronto a partir de outubro. A Comissão Europeia lançou o 'Plano Juncker' mas como vai angariar 315 mil milhões de euros e que projectos vai financiar? O eurodeputado do PSD José Manuel Fernandes ajuda-nos a esclarecer as dúvidas.

Taxistas protestam contra Uber no Aeroporto de Lisboa

Futebol: Revelado contrato de Jesus com Sporting


Coitadas: mães migrantes

fonte: SIC Notícias

Lidiane Leite : a "Prefeita Ostentação" entregou-se à polícia

Depois de 39 dias foragida, Lidiane Leite, conhecida como "Prefeita Ostentação", entregou-se às autoridades em São Luís, capital do estado do Maranhão, um dos mais pobres do Brasil. A autarca de Bom Jardim, cidade de 50 mil habitantes, fugiu a 20 de agosto depois da polícia ter emitido um mandado de captura na sequência de desvio de verbas destinadas à Educação num valor estimado em 23 milhões de reais (cerca de seis milhões de euros).
O caso de Lidiane tornou-se conhecido a nível nacional e até internacional porque, ao mesmo tempo em que os professores da cidade acumulavam salários em atraso, as instalações das escolas se degradavam e o material escolar não chegava, Lidiane, de 25 anos, ostentava uma vida de luxo nas redes sociais e respondia diretamente aos munícipes que a criticavam. "Eu compro sim é o que eu quiser, gasto sim com o que eu quero, "tô" nem aí para o que achem, beijinho no ombro para os recalcados", escreveu no Facebook. "Antes de ser prefeita eu era pobre, né? Devia era comprar um carro mais luxuoso porque, graças a Deus, o dinheiro "tá" sobrando", continuou no Instagram.
A vida de Lidiane - que governava a cidade através de um grupo na aplicação Whatsapp onde estavam incluídos os seus vereadores a partir de São Luís, a 275 quilómetros de Bom Jardim - aparecia numa sequência de selfies diárias a correr no ginásio da moda, a fazer compras de milhares de euros em lojas de roupa ou em festas nas discotecas mais exclusivas da capital maranhense (DN de Lisboa)

Mylena Cooper, a menina que brincava com os caixões

Mylena Cooper, dona do famoso Crematório Vaticano, no Brasil, pertence à terceira geração de uma família que vive dos serviços funerários. "Em minha casa, a conversa ao jantar sempre foi a morte."
No Sul do Brasil, toda a gente conhece a Crematório Vaticano, uma empresa de serviços funerários com unidades espalhadas pelo Paraná e Santa Catarina, dois dos três estados que constituem a região. Aliás, a empresa é uma referência para o país inteiro e até para o mundo. "Temos reconhecimento global, os estrangeiros visitam-nos e copiam-nos as ideias", diz orgulhosa ao DN a dona da funerária, Mylena Cooper. O sucesso é facilmente explicável: são três gerações de expertise, ou seja, quase cem anos a cuidar dos mortos.
Cooper, um imigrante irlandês no Sul do Brasil, vivia de construir grades de madeira para guardar alimentos quando um dia lhe encomendaram um caixão (por acaso, em inglês, Cooper significa tanoeiro, ou seja, quem constrói barris, tonéis e, porque não, caixões). Habituou-se à ideia, especializou-se e criou uma funerária, a Funerária Cooper, nos anos 1920.
O filho, Edson Cooper, mudou o nome da empresa para Crematório Vaticano, acrescentando--lhe a cremação e importando conceitos como a tanaxoterapia - técnica que retarda a decomposição do corpo - a revoada - uso de pombas brancas no sepultamento - ou a chuva de rosas - soltar pétalas sobre o caixão. Tudo conceitos discutidos na Fiar-Itpa, o conselho internacional para assuntos relacionados com a morte e onde a Crematório Vaticano se faz representar por Edson e pela filha Mylena.
"Tentei fazer uma parceria com a Nasa para levar cinzas para o espaço, serviço habitual nos EUA, mas aqui não resultou, ninguém quer mandar os parentes para longe", diz Mylena, 30 anos, 14 dedicados à empresa.
Nascida no meio de caixões, a jovem empresária cresceu a brincar neles. "Nada mais natural para mim e para os meus primos, afinal, os meus avós, os meus pais, os meus tios todos estavam no ramo, às vezes não havia espaço para guardar os caixões na empresa e a gente escondia-se entre ou dentro deles, no jardim, no meio da casa...", lembra.
O pior era convencer as amigas a alinhar na brincadeira: "Ela tinham algum medo, mas quem tinha mais medo ainda eram as mães, quando as filhas lhes contavam que se escondiam dentro de caixões quando me visitavam."
Por isso, durante um breve período na adolescência, a hoje bem-sucedida empresária teve vergonha da sua atividade. "Mentia quando me perguntavam o que eu ou a minha família fazíamos." Isso passou-lhe depressa: "Afinal, todas as conversas ao jantar em minha casa eram e são sobre a morte, isto é, sobre o trabalho, nada mais natural..." E ela espera que assim continue por futuras gerações. "Não tenho filhos ainda, mas quando os tiver quero vê-los a brincar com caixões e mais tarde a tomar conta da empresa, sem verem a morte como um bicho-de-sete-cabeças ou um mito, como a maioria das pessoas." (DN-Lisboa)

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