Após um ano como
técnica adjunta de Gregg Popovich, Becky Hammon vai treinar os San
Antonio Spurs durante a Liga de verão da maior competição do basquetebol
mundial. E já pensa em treinar a solo na NBA Foi eleita, em 2011, uma das 15
melhores basquetebolistas da história da WNBA, a Liga norte- americana feminina
da modalidade. Jogou na Europa, representou a Rússia nos Jogos Olímpicos, foi
seis vezes eleita para o All- Star da WNBA e está no top 7 de atletas com mais
assi stências, pontos e j ogos da história da competição. Mas o maior desafio
da vida desportiva de Becky Hammon ainda está para vir. Aos 38 anos, a antiga
estrela do basquetebol norte- americano vai tornar- se a primeira mulher a
orientar uma equipa da NBA. É certo que o vai fazer apenas na Liga de verão,
prova de pré- temporada que serve para lançar as jovens promessas das equipas,
mas é o primeiro passo para a ambição de Becky: tornar- se a primeira mulher a
treinar uma equipa a tempo inteiro na NBA. “Na minha vida, nada
foi fácil. Sempre fui alguém que gostou de remar contra a maré. Gosto de
desafios, e este é o desafio e a oportunidade perfeitas”, reagiu a antiga base,
que terá estreia marcada pelos Spurs para 11 de julho, frente aos New York
Knicks. Becky não é a
primeira mulher a fazer parte da uma equipa técnica da NBA – a pioneira foi
Natalia Nakase, nos LA Lakers, em 2014 –, mas será a primeira a liderar uma
equipa na condição de treinadora principal. Gregg Popovich tem mais cinco anos. Becky Hammon a dar
instruções ao argentino Manu Ginóbili, quatro vezes vencedor da NBA de contrato
com os Spurs, campeões de 2014 da NBA, e pretende cumprir o vínculo, logo está
fora de hipótese haver uma sucessão a curto prazo. Mas o técnico de 66 anos tem
confiança total em Becky, daí que permita que ela seja a responsável pela Liga
de verão. A ligação ainda é
curta: foi apenas há um ano que Becky Hammon se juntou à equipa técnica dos
Spurs. Dan Hughes, então responsável pelas San Antonio Stars, sugeriu a
Popovich que deixasse Hammon compilar os relatórios sobre as equipas
adversárias, enquanto recuperava de uma lesão. O treinador ficou agradavelmente
surpreendido com o seu trabalho e Becky passou a viajar com a equipa, a sentar-
se no banco e a integrar a equipa técnica a tempo inteiro.
“É muito bom tê- la
por perto. A Becky é para a vida, amamo- la até à morte”, elogiou Popovich, que
acredita que será uma questão de ( ainda muito) tempo até uma mulher treinar na
NBA. “Nunca poderão jogar com os homens, pois há demasiadas diferenças físicas.
Mas quando o assunto é a mente, o planeamento dos jogos, não há razão para que
uma mulher não o possa fazer”, realçou. Essa é, precisamente,
a ambição de Becky. “Vou tentar descobrir que tipo de treinadora vou ser. Estou
grata ao Pop por ter confiado em mim com esta oportunidade, que é enorme. Será
uma grande experiência para mim.” (fonte: DN de Lisboa)
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