quinta-feira, 30 de julho de 2015

Bem-vindos a Houtouwan, uma aldeia quase fantasma

O nevoeiro ainda está denso. As casas tomadas pela vegetação ainda não se revelaram por completo. Mas é nesta altura que os visitantes começam a chegar. O fotojornalista Damir Sagolj visitou a aldeia quase abandonada de Houtouwan, na China, onde os turistas, que chegam às centenas todos os dias, convivem com os escassos habitantes – bastam os dedos de uma mão para contar os que ainda resistem. Há vinte anos, nesta aldeia piscatória situada numa ilha a leste de Xangai, viviam mais de 2000 pessoas. No início da década de 1990 começaram a desaparecer gradualmente. Os primeiros foram os mais ricos, procurando escapar a um quotidiano onde o acesso à educação e aos bens alimentares era comum. Mas o resto da população seguiu-lhe os passos e o tempo tratou de alterar o aspecto de Houtouwan “A natureza reclamou aquilo que era seu”, diz Damir Sagolj. A vegetação cobriu paredes e entrou pelas casas. Reduziu caminhos e tornou inacessíveis algumas áreas. “A aldeia não está muito diferente daquilo que encontrei em Chernobyl ou noutros locais igualmente abandonados”, refere Sagolj. Foi esse ambiente que atraiu os primeiros curiosos. As fotografias que tiraram espalharam-se e “de repente, uma pequena invasão de visitantes começou e nunca mais parou” (Publico

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