quinta-feira, 30 de julho de 2015

Há cinco anos que ele colecciona fotografias de janelas

Uma janela não se resume a uma separação entre o exterior e o interior de um edifício, ela reflecte uma era e a sua estética denuncia a região onde se insere. Este é um dos motivos por que André Vicente Gonçalves colecciona, há cinco anos, fotografias de janelas durante as suas viagens. Por enquanto já recolheu imagens de janelas de quatro países, mas não tarda irá acrescentar à colecção janelas das cidades como Bucareste, Brasov, Barcelona (com o apoio da Pesquisa Viagens) e Londres. "Cada cidade tem a sua identidade que está profundamente marcada na arquitectura urbana, desde as paredes brancas com os detalhes em amarelo da cidade de Évora, às janelas rodeadas de tijolos na cidade de Lisboa que faz parte do nosso património cultural, às janelas delicadamente pintadas dos Alpes e as ornamentadas e detalhadas de Veneza" observou André em entrevista ao P3. "Fotografo as janelas consoante as cidades ou regiões onde estão inseridas. Na maior parte das vezes, as janelas mais giras ficam de fora, porque como são tão únicas não ficam bem nos conjuntos. No Alentejo, uma simples janela azul numa parede branca é demasiado comum, mas quando a junto lado a lado com outras a nossa percepção é alterada, pois deixa de ser uma simples janela para se tornar na identidade dessa região." O fotógrafo cresceu em Tapada de Mafra, em contacto com a natureza. No campo, passava os dias a fotografar insectos, na cidade a lógica não se alterou: "dou importância aos pequenos detalhes que são comuns no dia-a-dia mas que, quando retirados do seu contexto, criam outros significados". Interessa-se por fotografia documental, fotografia de viagem e de arquitectura, mas sobretudo não consegue viver sem viajar. O projecto "Windows of the World" já foi publicado no Washington Post, CNN, Daily Main, Traveler, The Telegraph, Smithsonian Magazine, The Times Newspaper, entre outras (Público)

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