sábado, 20 de fevereiro de 2016

Preço da gasolina sobe 6000 por cento na Venezuela

O Presidente venezuelano anunciou, quarta-feira, num discurso transmitido pelas rádios e televisões do país, e entre outras coisas, o aumento dos preços da gasolina, já esta sexta-feira. Foram precisas quatro horas para Nicolas Maduro explicar a subida de 6000%, e outras questões. É a primeira vez em 17 anos que o preço deste combustível sobe. Uma decisão que não é consensual entre os venezuelanos: “Eu discordo completamente. Como é possível aumentar tanto o preço da gasolina? É um exagero. Quanto é que vai” custar encher o tanque de um carro? E se um pneu custava 50 mil bolívares quanto é que vai custar agora? É absurdo!” – Desabafa o taxista Luis Moreno. “Eu concordo, porque a situação do país exige-o. O país está a perder muito na produção de gasolina e é justo o aumento de 6 bolívares”, afirma Orlando Acosta, funcionário de um posto de abastecimento. No seu discurso, o chefe de Estado venezuelano anunciou ainda a desvalorização, já em vigor, de 37% da moeda nacional, o Bolívar. O sistema de câmbio passa de três a duas taxas, uma protegida e outra flutuante: “O sistema protegido, de 6,30 bolívares passa para dez bolívares em relação ao dólar. O objetivo é proteger o nosso povo nos aspetos fundamentais”, explicou o presidente venezuelano. No país, atestar um depósito de gasolina super custa, em média, ainda esta quinta-feira, três bolívares, cerca de 0,42 cêntimos de euros. Já uma garrafa de água pequena custa 50 bolívares, ou seja 7,15 euros. Maduro anunciou ainda um aumento de 20% no salário mínimo, que passará de 9.600 para 11.520 bolívares, a partir de março. A Venezuela, altamente dependente de importações e que sofre com a queda nos preços do petróleo, fonte de 96% das suas divisas. atravessa uma grave crise económica. No ano passado a economia contraiu quase sete por cento. O défice público atingiu 20 por cento.

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