quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O estranho caso da mulher e do rio Tejo que fica em prisão preventiva

Mulher de 37 anos estava internada no Hospital de Santa Maria. Na segunda-feira à noite tinha sido retirada da praia de Caxias depois de ter entrado com as duas filhas na água - uma tinha 19 meses, a outra quatro anos. A Polícia Judiciária deteve a mulher de 37 anos que entrou com as duas filhas nas águas do Tejo. As autoridades ainda não a tinham interrogado por considerarem que "não se encontrava ainda em condições psicológicas" para prestar um depoimento sobre o que se passou na noite de segunda-feira na praia de Caxias, em Oeiras. Em comunicado, a Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, e em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, refere que "procedeu à detenção de uma mulher, com 37 anos de idade, por fortes indícios da prática de dois crimes de homicídio". Ainda segundo a PJ, a suspeita "será presente, hoje, a primeiro interrogatório judicial, para eventual aplicação de medidas de coação". A mulher encontrava-se internada no Hospital Santa Maria, em Lisboa. Na segunda-feira à noite tinha sido retirada da praia de Caxias depois de ter entrado com as duas filhas na água. O corpo da criança mais nova, de 19 meses, foi encontrado na noite de segunda-feira. Já o corpo da menina de 4 anos continua a ser procurado pelas autoridades marítimas, que esta manhã alargaram o perímetro nas águas do Tejo. As buscas vão ser alargadas para as margens do rio, depois de não ter sido encontrado nenhum vestígio perto da zona rochosa onde têm incidido as buscas. A PSP montou em novembro do ano passado um plano de segurança para proteger a mulher, vítima de violência doméstica, que segunda-feira se atirou ao Tejo com as duas filhas, de 19 meses e 4 anos. A mãe tinha apresentado queixa contra o marido, que acusou de abusar sexualmente das meninas. Em declarações ao Expresso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece que "foi instaurado, em finais de novembro, um inquérito onde se investigam factos suscetíveis de integrarem os crimes de violência doméstica e de abuso sexual de crianças", depois de a mulher, de 37 anos, ter apresentado queixa contra o marido, de quem estava atualmente separada. A queixa de violência doméstica foi, na altura, corroborada por uma comunicação do Hospital Amadora-Sintra, onde a mãe das crianças terá sido assistida. "No âmbito deste inquérito, foi proposta à denunciante a teleassistência, tendo sido elaborado um plano de segurança" para proteger a mulher, adianta a PGR, sem revelar mais pormenores do caso, que se encontra em segredo de justiça (Expresso)

Irmão da mulher que caiu ao Tejo diz que ela fugia do marido
A mulher que caiu ao rio Tejo com as filhas em Caxias foi hoje detida pela Judiciária. Esta manhã, o irmão explicou à SIC que ela vivia num clima de medo do marido.
***
Mãe das duas crianças mortas no Tejo acusou marido de abusar sexualmente das filhas
Em novembro, a mãe apresentou queixa à PSP por violência doméstica e suspeita de abuso sexual das filhas, de 19 meses e 4 anos de idade. A bebé foi encontrada sem vida. A menina continua desaparecida no Tejo. A mulher que segunda-feira à noite se terá atirado ao Tejo junto à praia de Caxias com as duas filhas, de 19 meses e 4 anos, acusou em novembro o companheiro de violência doméstica e de abusar sexualmente das meninas. A queixa foi apresentada à PSP, que comunicou o caso à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. A bebé foi encontrada sem vida e a criança mais velha continua desaparecida. "Em novembro, a mãe apresentou queixa por violência doméstica reiterada e disse ter suspeitas de que as duas meninas eram sexualmente abusadas pelo pai. A PSP sinalizou o caso à Comissão de Proteção de Crianças da Amadora, que, de acordo com a lei, o remeteu para o Ministério Público com carácter urgente", diz ao Expresso Fátima Duarte, da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.

O “Público” tinha avançado esta terça-feira de tarde que as duas meninas “seriam abusadas sexualmente pelo pai”. De acordo com a Fátima Duarte, a Comissão de Proteção de Crianças da Amadora não tinha, até esse momento, conhecimento de qualquer situação de violência ou abuso, nunca tendo estado a acompanhar a família. Ao que o Expresso apurou, a violência doméstica terá estado na origem da separação do casal. "Era uma mulher deprimida no meio de um processo de divórcio", descreveu fonte ligada à investigação, adiantando que a mãe ainda não foi ouvida pela Polícia Judiciária, "por não se encontrar ainda em condições psicológicas para o fazer". Neste momento, a mulher, de 37 anos, está internada no Hospital Amadora-Sintra, onde está a ser acompanhada pelo serviço de Psiquiatria. Segundo a Capitania de Lisboa, a mãe saiu da água segunda-feira à noite em "avançado estado de hipotermia", tendo sido socorrida por um homem que estava a passar junto à praia de Caxias, no concelho de Oeiras. Na altura, em estado de pânico, a mãe alertou que as duas filhas ainda se encontravam no mar. A mais pequena, de 19 meses, foi encontrada sem vida, estando ainda a decorrer as operações de busca para encontrar a menina de quatro anos, envolvendo oito homens dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos e três lanchas, da Capitania de Lisboa, da Polícia Marítima e do Instituto de Socorros a Náufragos. Ao Expresso, o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Paço de Arcos, Ricardo Ribeiro, confirmou que a mãe se encontrava "em estado de hipotermia grave". Alertado pelas autoridades, o pai das duas crianças esteve segunda-feira à noite na praia de Caxias, onde voltou esta terça-feira de manhã para acompanhar as operações de resgate. No Facebook da mãe estão várias fotografias das meninas, a última das quais publicada na passada sexta-feira, em apoio ao Benfica.
Pai das crianças que caíram ao Tejo garante estar inocente O advogado do pai das crianças que caíram ao Tejo confirma que o homem foi constituído arguido por suspeitas de violência doméstica e abuso sexual das filhas, há três semanas, mas garante que as denúncias da mãe não têm fundamento. A Polícia Judiciária está a investigar o caso e continuam as buscas para encontrar a criança de 4 anos desaparecida há dois dias (Expresso)
***
Mulher que caiu ao rio com as filhas tinha apresentado queixa por violência doméstica
A mulher que ontem caiu ao rio com duas filhas já tinha apresentado queixa em novembro na polícia e na APAV por violência doméstica. A família vivia na zona de Rio de Mouro mas depois das queixas, a mulher foi viver com os pais para a Amadora. O caso estava também sinalizado pela Comissão de Menores devido a suspeitas de abusos sobre as meninas por parte do pai. As investigações prosseguiram no âmbito do Ministério Público e da Polícia Judiciária. A PSP diz que a mulher apresentava um acentuado quadro de depressão. Mantêm-se assim as dúvidas sobre o que terá acontecido ontem à noite, em Caxias, onde uma bebé de 19 meses morreu e uma criança de 4 anos continua desaparecida (SIC)
***
Tragédia no Rio Tejo: os factos
O alerta para o desaparecimento das crianças no rio Tejo foi dado pela própria mãe, quando foi encontrada em choque e em estado de hipotermia, na noite de segunda-feira. Explicou que tinham caído as três à água, na zona de Caxias, mas as autoridades começaram, de imediato, a investigar uma possível tentativa de suicídio (SIC)

Sem comentários:

Enviar um comentário