A investigação
judicial que corre no Brasil sobre Inácio Lula da Silva demonstra que os
jornalistas continuam a ter um papel importante na sociedade. O processo em
curso nasceu de uma recolha que a justiça brasileira fez de reportagens publicadas
na imprensa sobre a relação do ex-Presidente com a Odebrecht. Entre elas, havia
um artigo da revista Veja sobre o sobrinho de Lula da Silva, Taiguara Rodrigues
dos Santos, que enriqueceu a fazer negócios em Angola e Cuba. A SÁBADO seguiu a
pista e confirmou que a empresa deste foi contratada pela Odebrecht. Mas
descobriu mais, algo que até agora ninguém sabia: a maioria do capital da
empresa de Taiguara Rodrigues dos Santos (51%) pertence ao grupo português
Exergia. Toda a história, para ler nas págs. 54 e 55 da revista SÁBADO de 12 de
Agosto.
Os direitos de um
ministro
Em Portugal, aconteceu
o mesmo com a investigação da SÁBADO às obras realizadas nas casas dos
ministros António Pires de Lima e Maria Luís Albuquerque. O primeiro texto foi
publicado a 4 de Dezembro de 2014, seguido de uma entrevista a um funcionário
da Câmara de Cascais, que adensou as suspeitas com acusações directas. As
autoridades decidiram, então, abrir uma investigação, o que a SÁBADO noticiou a
12 de Março, com o título Câmara de Cascais já é caso de polícia. É esse o
texto que motiva o direito de resposta de Maria Luís Albuquerque, que referimos
na capa e publicamos na pág. 52, por determinação da Entidade Reguladora para a
Comunicação Social. O primeiro pedido da ministra para que isso acontecesse
chegou por email, enviado por um assessor, ao qual se seguiram três cartas,
todas escritas e enviadas em folhas e envelopes timbrados do Ministério das
Finanças (na foto em baixo). Sobre o envolvimento no caso nunca a SÁBADO teceu
qualquer juízo, mas já o facto de um ministro usar meios públicos para tratar
uma questão pessoal é um comportamento que não podemos deixar de censurar. Por
fim, esclarecer os nossos leitores que a lei impede a revista e o autor do
texto de comentarem o direito de resposta, mas a SÁBADO vai evidentemente
continuar a investigar e a noticiar os desenvolvimentos do caso.
Viajar pelos ares à
boleia
Rita Pedras ainda está
a dar os primeiros passos para ser jornalista. Em terra, porque voar não é do
que mais gosta. Ainda assim, superou o medo e aceitou fazer uma reportagem
sobre o novo serviço que permite ir à boleia numa avioneta. Já no ar, aventurou
-se a pilotar por alguns segundos e aprendeu que todos os aviões portugueses –
incluindo os da TAP – se identificam por "Charlie-Sierra" (CS) e que
a comunicação com os pilotos espanhóis é tudo menos fácil. Nos aeródromos até
há afixados apelos para que tentem usar o "portunhol", de outra forma
ninguém os entende (texto do jornalista Rui Hortelão da Sábado)
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