O "The Guardian" vai avançar com "cortes editoriais profundos", na sequência de uma quebra significativa das vendas de publicidade. A saída de trabalhadores é "altamente provável", avançou a edição europeia do ‘site' Politico, que teve acesso a um documento em que David Pemsel, administrador-executivo do Guardian Media Group, admite que este poderá ser um dos períodos mais difíceis que o grupo enfrentou nos últimos anos. Para reduzir os custos, o grupo está a estudar cortes nas contratações, salários, viagens e noutras despesas. A administração do jornal britânico está confrontada com um desafio comum à maioria dos jornais: gerar dinheiro suficiente a partir de produtos digitais para compensar a diminuição das vendas da edição em papel. No Reino Unido, a imprensa tem vindo a perder 20% do investimento publicitário, ao mesmo tempo que as vendas também se mantêm em quebra.
O "The Guardian" tem feito uma aposta significativa na área digital e, hoje, gera cerca de 40% da receita através deste segmento. Apesar deste sucesso, e acrescido ao facto de a publicidade na internet também ter abrandado, à medida que se transfere dos ‘sites' de notícias para o Facebook ou o Google, Pemsel antecipa que o grupo de media não vai alcançar a meta de crescimento estabelecida para as receitas.
O título viu crescer as receitas do digital para 82 milhões de libras (111,5 milhões de euros), de Março de 2014 a Março de 2015, permitindo aumentar as receitas globais em 2%, para 210 milhões de libras (285,5 milhões de euros) (Economico, texto da jornalista Catarina Madeira)
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