A Áustria vai construir uma vedação na fronteira com a Eslovénia, para
controlar o fluxo de refugiados, anunciou a ministra austríaca da administração
interna, Johanna Mikl-Leitner. Mikl-Leitner garantiu que a ideia é
"permitir um acesso ordenado e controlado, não fechar as fronteiras",
numa altura em que, frisa, "a situação é especialmente urgente".
Desde que a Hungria fechou a fronteira com a Croácia, a 16 de Setembro, os
migrantes e refugiados alteraram a rota, dirigindo-se à Eslovénia e entrando
depois na Áustria, para depois rumar ao destino final, a Alemanha. Todos os
dias cerca de três mil a oito mil pessoas estão a cruzar a fronteira austríaca.
A Comissão Europeia disse hoje não ter sido notificada de tal intenção por
parte de Viena, recusando comentar aquilo que diz serem "rumores".
Mas a verdade é que, a concretizar-se a construção da vedação, será a mais
significativa ruptura na resposta europeia à crise dos refugiados, uma vez que
será a primeira barreira física a ser erguida entre dois países que pertencem
ao espaço Schengen. Será também uma reviravolta de 180 graus por parte da chancelaria
austríaca, já que o chanceler Werner Faymann criticou anteriormente a Hungria,
quando há dois meses Budapeste construiu vedações nas suas fronteiras. A
Áustria aplicou o controlo temporário nas suas fronteiras a 16 de Setembro, uma
medida que, segundo as regras europeias, é temporária e pode vigorar por um
período máximo de dois meses, ou seja, teria de terminar a 16 de Novembro. A
atitude de Viena indica, porém, que está a caminhar noutro sentido (Económico)
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