quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Investimento publicitário cresceu 3% a 3,5% em 2015

O investimento publicitário deverá ter crescido entre 3% a 3,5% no ano passado, disse a secretária-geral da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN), Manuela Botelho, à Lusa. “Em estimativas mais próximas do real, acredito que, em 2015, o investimento publicitário poderá ter crescido entre 3% a 3,5%”, afirmou a responsável, que sublinhou que os dados de dezembro ainda não são conhecidos. No ano anterior, o investimento publicitário tinha crescido 10%, depois de um período de crise. “Ainda estamos muito aquém dos dados de 2007 e 2008, que foram os anos de maior investimento publicitário”, acrescentou Manuela Botelho, que referiu que atualmente Portugal está a “cerca de 40%” dessa tendência. “Em 2015 continuámos a crescer a uma taxa mais reduzida”, situação que é justificada pela redução de investimento de grandes investidores na banca e telecomunicações, que traziam volumes importantes para o setor, explicou. No ano passado, segundo Manuela Botelho, o crescimento do investimento publicitário foi “muito centrado” na Internet, com a aposta no suporte de televisão a ficar estagnado, com exceção dos canais pagos, enquanto a imprensa continua em crise. Tendo em conta que 85% dos lares portugueses têm televisão paga, para a secretária-geral da APAN “é natural que hoje haja mais investimentos nesses canais”. Para este ano, devido à “incerteza política”, quer interna, quer a nível europeu, o crescimento do investimento publicitário em Portugal deverá rondar os 3%. “Apostamos na continuidade do crescimento [do investimento publicitário] no digital, que já pesa mais de 20% dos investimentos publicitários totais”, referiu. “Acredito que a tendência se mantenha porque é o que está a acontecer na maior parte dos países da Europa”, disse, sublinhando que “o mundo digital está em grande mudança”, pelo que é necessário repensar no marketing. Nesse sentido, a APAN organiza na quinta-feira uma conferência anual dedicada à geração dos ‘millenials’ (nascidos entre 1980-2000), que são consumidores cada vez mais relevantes no mercado e são, simultaneamente, reflexo e resultado das mudanças tecnológicas, sociais e de consumo da informação. Sob o mote “Do they get your message?” (que questiona se os cidadãos estão a receber a mensagem do anunciante, quer em termos de conteúdo, como de veículo), esta conferência irá abordar a geração ‘millenials’, que assistiu à queda do mundo económico e social e, adicionalmente, são parte integrante da evolução tecnológica, salientou a secretária-geral da APAN. “Esta geração tem expectativas completamente diferentes sobre as empresas e marcas”, pelo que se irá debater a forma como as empresas estão a desenvolver as suas estratégias no mercado. Com o objetivo de despertar os anunciantes para os complexos problemas e oportunidades que se colocam hoje na relação com este grupo-alvo, o encontro pretende explorar o duplo sentido associado ao conteúdo da mensagem e do meio através do qual ela lhes chega. A conferência traz a Portugal o presidente executivo da Karmarama, Jon Wilkins, que fará uma intervenção sobre “Os sete pecados mortais do marketing”, e o fundador e presidente executivo da B&J Associates, Brian Jacobs, que irá falar sobre as estratégias de investimento em media (Dinheiro Vivo)

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