terça-feira, 26 de janeiro de 2016

“The Guardian” corta 20% dos custos e prepara despedimentos

O grupo britânico já tinha avançado com o despedimento de 30% dos quadros entre 2012 e 2014. O “The Guardian” vai cortar 20% dos seus custos e está a ponderar limitar o acesso aos seus conteúdos a assinantes. A decisão acontece na sequência de uma queda acentuada nas receitas da publicidade em papel que estão a prejudicar o desempenho financeiro do jornal britânico. O título prevê fechar o ano, em Março, com perdas entre os 50 e os 52 milhões de libras (entre 66 e 69 milhões de euros), revelou o Financial Times.  Os analistas antecipam que os cortes de 54 milhões de libras (71 milhões de euros) vão significar uma nova ronda de despedimentos no jornal que, entre 2012 e 2014, já tinha feito um corte de 30% no número de funcionários e de dez milhões de libras nos gastos com pessoal. O anúncio segue-se a um ano difícil para a indústria dos media no Reino Unido, com uma quebra de 25% da publicidade na imprensa. O título foi ainda prejudicado pelos aumento do ‘adblocking’ (programas informáticos que permitem bloquear a presença de publicidade enquanto os utilizadores navegam na internet). Este foi um factor que afectou sobretudo as receitas provenientes dos dispositivos móveis.  O grupo vai ainda procurar receitas através do sistema de subscrições, com assinaturas entre as cinco e as 60 libras por mês, e do desenvolvimento de conteúdos em parceria com marcas. O jornal tem sido sustentado pelo grupo, cuja principal fonte de receita vem da publicação de classificados do sector automóvel (Económico)

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