segunda-feira, 25 de maio de 2015

Jornalista brasileiro encontrado decapitado no estado de Minas Gerais

"O corpo decapitado de um jornalista brasileiro foi encontrado na zona rural de Padre Paraíso, no estado de Minas Gerais, reporta o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ). Evany José Metzker foi encontrado numa vala às portas da cidade na passada segunda-feira, 18 de maio, depois de um telefonema anónimo ter alertado as autoridades. O corpo seminu do jornalista tinha as mãos atadas sobre a barriga — a cabeça foi descoberta horas depois, a 100 metros de distância. Metzker ainda tinha consigo a carteira, o relógio e um anel, diz o Globo. Pelo estado de decomposição do corpo, o jornalista estaria morto há cinco dias. A  Época fez um relato pormenorizado do que terá acontecido, afirmando que este foi violentamente torturado. Metzker, de 67 anos, tinha um blogue chamado Coruja do Vale, onde se dedicava a escrever notícias relacionadas com política e corrupção na zona de Minas Gerais, um dos maiores estados do país. De acordo com a imprensa local, o jornalista estaria a investigar um caso de prostituição infantil. Num post publicado no blogue, a 9 de maio, pode-se ler que em Padre Paraíso “Regras e Leis, só atrapalham, aqui não temos isso”. A sua mulher, Ilma Chaves Silva Borges, confirmou ao CPJ que Metzker estaria na região em trabalho. “Há muitos assassínios aqui. Acho que o motivo, tendo em conta a barbaridade do assassinato, deve-se ao facto de ele ter encontrado algo. Ele investigava presidentes da Câmara, políticos, roubos de carga e prostituição”, disse.
“Condenamos o assassínio brutal de Evany José Metzker e instamos às autoridades para que não deixem uma pedra por virar no decorrer da investigação deste crime e todos os seus possíveis motivos”, disse Carlos Lauría, da CPJ. “A habilidade de jornalistas locais para reportar as notícias está claramente a ser minada por uma violência mortal contra a imprensa brasileira.” Já a União de Jornalistas Profissionais emitiu um comunicado onde escreve que o assassínio deve ser “rigorosamente investigado” e que os responsáveis devem ser chamados à justiça. A CPJ diz ainda que o Brasil tem assistido, nos últimos anos, a um aumento considerável de violência para com a imprensa nacional. Ao todo, e desde 2011, 14 jornalistas foram mortos em relação direta com o seu trabalho" (fonte: Observador)

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