Uma
debilitou o processo nacionalista da Catalunha ao conquistar a Câmara de
Barcelona. Outra poderá colocar um ponto final aos 24 anos de governação do PP
na autarquia de Madrid. Ada
Colau, de 41 anos, e Manuela Carmena, de 71, são o símbolo das eleições
municipais e autonómicas deste domingo, que representaram o fim do reinado das
maiorias absolutas do PP. A primeira, candidata pela plataforma Barcelona en
Comú, conquistou a autarquia da capital da Catalunha, mas terá de recorrer a
pactos para liderar a cidade. A segunda, com as cores do movimento Ahora
Madrid, conseguiu 31,8% dos votos para a autarquia da capital espanhola, atrás
de Esperanza Aguirre, do PP, mas se conseguir o apoio do candidato do PSOE,
poderá chegar à presidência da Câmara. Nas candidaturas de ambas está o Podemos
de Pablo Iglesias. A próxima presidente da Câmara de Barcelona tornou-se
conhecida dos espanhóis pela sua luta contra os despejos durante a crise que
tem assolado o país. Causa que a levou a ser uma das fundadoras da Plataforma
dos Afetados pela Hipoteca (PAH). Ada Colau, que chegou a ser presa pela
polícia municipal num protesto à porta do Banco Popular, era descrita pelos
media espanhóis como a candidata mais rebelde, mas também como alguém normal,
simpática, que sorri muito e gosta de usar roupas folgadas. "O segredo de
Ada Colau é que é uma pessoa e não uma personagem. Não é um produto de
laboratório ao contrário de alguns dos seus colegas da esquerda radical. Também
em contraste com outros ativistas que apenas conhecem bibliotecas, a sua
trajetória está cheia de realidades tangíveis", escrevia ontem o jornal El
País (DN de Lisboa)
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