quarta-feira, 27 de maio de 2015

Colau e Carmena: os símbolos da mudança política em Espanha

Uma debilitou o processo nacionalista da Catalunha ao conquistar a Câmara de Barcelona. Outra poderá colocar um ponto final aos 24 anos de governação do PP na autarquia de Madrid. Ada Colau, de 41 anos, e Manuela Carmena, de 71, são o símbolo das eleições municipais e autonómicas deste domingo, que representaram o fim do reinado das maiorias absolutas do PP. A primeira, candidata pela plataforma Barcelona en Comú, conquistou a autarquia da capital da Catalunha, mas terá de recorrer a pactos para liderar a cidade. A segunda, com as cores do movimento Ahora Madrid, conseguiu 31,8% dos votos para a autarquia da capital espanhola, atrás de Esperanza Aguirre, do PP, mas se conseguir o apoio do candidato do PSOE, poderá chegar à presidência da Câmara. Nas candidaturas de ambas está o Podemos de Pablo Iglesias. A próxima presidente da Câmara de Barcelona tornou-se conhecida dos espanhóis pela sua luta contra os despejos durante a crise que tem assolado o país. Causa que a levou a ser uma das fundadoras da Plataforma dos Afetados pela Hipoteca (PAH). Ada Colau, que chegou a ser presa pela polícia municipal num protesto à porta do Banco Popular, era descrita pelos media espanhóis como a candidata mais rebelde, mas também como alguém normal, simpática, que sorri muito e gosta de usar roupas folgadas. "O segredo de Ada Colau é que é uma pessoa e não uma personagem. Não é um produto de laboratório ao contrário de alguns dos seus colegas da esquerda radical. Também em contraste com outros ativistas que apenas conhecem bibliotecas, a sua trajetória está cheia de realidades tangíveis", escrevia ontem o jornal El País (DN de Lisboa)

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