sábado, 16 de setembro de 2017

Lisboa: Negócio com casa de Fernando Medina sob investigação

O Ministério Público está a investigar a compra de uma casa pelo presidente da câmara de Lisboa Fernando Medina. A investigação foi aberta em agosto, depois de uma denúncia anónima. No fim de agosto alguém apresentou uma queixa anónima na Procuradoria-Geral da República contra Fernando Medina. O queixa foi enviada para o DIAP de Lisboa que, que com os dados disponíveis, abriu de imediato um inquérito. Neste momento, adianta a Procuradoria-Geral da República em nota enviada à SIC, o caso está em investigação no Departamento de Investigação e Ação Penal.
A investigação estará a apurar as condições em que Fernando Medina comprou em 2016 a casa onde vive a uma familiar direta do diretor e dos principais acionistas do grupo Teixeira Duarte.
A investigação estará a procurar que relação pode existir entre a compra dessa casa e duas adjudicações diretas de mais de 5 milhões de euros feitas, meses depois, pela Câmara de Lisboa à Teixeira Duarte, empresa da família da antiga proprietária da casa que há anos não tinha qualquer negócio com a autarquia.
Uma das adjudicações diretas foi a empreitada de estabilização do jardim e miradouro de São Pedro de Alcântara, que teve o voto contra do CDS, que considerava não se justificar a urgência da obra.
A revista Sábado e os jornais Público, I e Observador publicaram investigações onde contam que Medina comprou a casa por menos 198 mil euros do que o valor pago 10 anos antes pela anterior proprietária. Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara de Lisboa e a mulher vendiam a antiga casa onde viviam com um lucro de 130 mil euros, num período semelhante e para casas situadas na mesma zona da cidade.
Ficam assim também dúvidas sobre duas evoluções distintas do mercado.
Em resposta ao jornal Público, Fernando Medina dá vários exemplos de que o preço que pagou estava em linha com o mercado e até que houve quem fizesse na mesma altura um negócio por valor metro quadrado abaixo daquele que pagou.
Medina diz também que não imaginou que fosse possível qualquer associação com a as adjudicações diretas da Câmara de Lisboa que parecem ter justificado a investigação já em curso no Ministério Público.

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