No Jornal 2 Carlos Magno fala sobre o papel da
imprensa livrem e das tentativas de controlo e condicionamento da informação
Numa intervenção cheia de alertas e recados Carlos Magno diz-se preocupado com
o estado do jornalismo no ciber espaço."É complicado perceber que os
jornais não preservam o seu espaço editorial permitindo que qualquer leitor
faça comentários que são ou xenófobos ou racistas, ou que nem têm que ver com a
notícia que estão a comentar".Carlos Magno defende uma intervenção dos
órgãos de comunicação nestes espaços que devem ser assumidos como de
responsabilidade editorial.O também jornalista recorda mesmo um caso na Estónia
onde uma publicação foi já condenada em tribunal por causa de um comentário de
um leitor.
Os ataques de Trump à imprensaNestes dias, têm sido frequentes os
ataques de líderes políticos aos Jornalistas. Donald Trump acusa mesmo a
imprensa de estar a criar uma falsa realidade. O presidente recorre às redes
sociais para responder a ataques, anunciar medidas, lançar ofensivas
mediáticas.O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação (ERC) é
perentório: "A Internet é o faroeste (comunicacional) e as redes sociais
um espaço a parte". O responsável defende espaços editoriais claramente
geridos e protegidos por jornalistas.Logo após a queda do Muro de Berlim,
quando muitos vaticinaram um mundo unipolar, onde apenas os Estados Unidos
assumiam o estatuto de super potência, um jornal norte americano de referência,
"The Washington Post", titulava que na realidade as super potências
eram duas: os EUA e a opinião publica internacional.No Jornal 2 o presidente da
ERC lembra que o grande confronto acontece hoje entre essas duas super
potências. "Com Trump, aqui, usando aliados perigosos como Putin ou
Erdogan".Ameaças à informação na EuropaNa Turquia quem mostra uma
realidade, que não encaixa na leitura do regime, fica sem trabalho.Desde o
golpe de Estado de 2016 Erdogan fechou em todo o país 160 jornais, revistas,
estações de rádio e televisão. Mais de uma centena de jornalistas foram presos.
Instigou campanhas de intimidação que duram até aos dias de hoje.Em França
Marine Le Pen pediu aos seguranças para afastarem os jornalistas que tinham
perguntas incómodas sobre acusações de uso indevido de dinheiro do Parlamento
Europeu (onde Le Pen representa a extrema direita francesa) para pagar
segurança pessoal.O responsável pela ERC lembra que as ameaças à liberdade de
imprensa não são distantes, nem exclusivo de direita ou esquerda."O meu
colega da Polónia chorou em Bruxelas ao despedir-se da regulação internacional
porque a entidade naquele país fechou, o mesmo se passou na
Hungria".Carlos Magno dá nota também da proibição de contactos
internacionais imposta pelos repetivos governos aos reguladores croata e grego (aqui)
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