domingo, 31 de julho de 2016

As impressionantes imagens do Papa em Auschwitz: “Senhor, perdoa tanta crueldade”



Visita foi em silêncio, únicas palavras foram escritas. Uma homenagem sentida às vítimas dos campos de concentração nazis. Depois de João Paulo II e Bento XVI, Francisco é o terceiro Papa a visitar os campos de concentração de Auschwitz e Birkenau. Mas ao contrário do seus antecessores, preferiu prestar esta sexta-feita uma homenagem em silêncio às vítimas do Holocausto. Fez questão de entrar sozinho no portão de Auschwitz – onde se lê “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”) – e de se sentar durante vários minutos em silêncio e oração, beijando depois um dos postes onde os prisioneiros eram mortos. Durante a visita, um dos sobreviventes entregou uma vela ao Papa junto ao Muro da Morte. Nessa altura, Francisco teve oportunidade de cumprimentar outros sobreviventes e continuar a homenagem às vítimas dos campos de concentração. Respeitando o momento solene, as únicas palavras proferidas pelo Papa não foram faladas, mas escritas no livro do Museu de Auschwitz: “Senhor, tem piedade do teu povo. Senhor, perdoa tanta crueldade”, escreveu Francisco. Durante parte do percurso, o Papa foi acompanhado da primeira-ministra polaca, Beata Szydlo. De visita à Polónia desde o início da semana para assinalar o aniversário da declaração do cristianismo como religião oficial do país e as Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam este ano em Cracóvia, o Papa já há muito que tinha decidido homenagear as vítimas de Auschwitz nestes moldes. “Gostaria de visitar aquele lugar de horror sem discursos, sem multiodões, apenas com as pessoas necessárias. Entrar sozinho, rezar. E pode ser que Deus me dê a graça para chorar”, afirmou Francisco. O diretor do Museu de Auschwitz, Piotr Cywiński, disse entender a solenidade da visita papal , sublinhando à Reuters que “não há palavras para expressar aquilo que continua a ser impensável naquele lugar”. Estima-se que cerca de 1,5 milhões de pessoas, na sua maioria judeus, morreram nas câmaras de gás nos campos de concentração nazis durante a II Guerra Mundial (Expresso)

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