Vários deputados do PS, alguns deles membros
do Secretariado Nacional deste partido, criticaram hoje a direção da bancada
parlamentar pela elaboração de um relatório sobre matérias como assiduidade,
número de intervenções e perguntas de cada deputado socialista. Fonte da direção da bancada socialista, no
entanto, considerou que na reunião do Grupo Parlamentar do PS “alguns”
elementos “fizeram uma tempestade num copo de água”. “O relatório elaborado pelos serviços do Grupo
Parlamentar do PS limita-se a compilar dados já constantes no site da
Assembleia da República. Não há qualquer apreciação qualitativa sobre a
produtividade de cada deputado”, alegou ainda o mesmo membro da direção da bancada
socialista.
A questão do relatório, de acordo com fontes
socialistas contactadas pela agência Lusa, terá sido levantada num momento em
que o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, não estava presente. Carlos César participou na reunião do
Conselho de Estado, razão pela qual Ana Catarina Mendes, na qualidade de
“primeira vice-presidente” da bancada socialista, remeteu o debate sobre o
controverso relatório para uma próxima reunião plenária do Grupo Parlamentar. Na reunião, de acordo com deputados
contactados pela agência Lusa, criticaram o relatório (por vezes de forma dura)
Maria da Luz Rosinha, Porfírio Silva e Maria Antónia Almeida Santos (todos eles
membros do Secretariado Nacional do PS), assim como Isabel Moreira, Joaquim
Raposo e Vanda Guimarães. Nenhum destes deputados socialistas aceitou
prestar declarações sobre o assunto, adiantando apenas que a sua posição foi
transmitida “em local próprio”, ou seja, na reunião do Grupo Parlamentar do PS. Duas das intervenções mais duras, com críticas
a um ato “antidemocrático” e “lamentável” da direção do Grupo Parlamentar,
partiram dos deputados socialistas Hortense Martins e Sérgio Sousa Pinto (aqui)
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