O assunto era a acusação de que Moscovo está a interferir nas eleições
presidenciais americanas. A resposta de Sergei Lavrov foi, no mínimo,
inesperada. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, negou
esta quarta-feira todas as acusações de Washington de que o seu governo estaria
de alguma forma a tentar influenciar as eleições presidenciais
norte-americanas. E pelo caminho provocou um insólito - e divertido - momento. Entrevistado pela veterana jornalista Christiane Amanpour, para a CNN,
Lavrov afirmou que considera "lisonjeiro" a Rússia ter "este
tipo de atenção, enquanto potência regional". E até recordou: "O
Presidente Obama telefonou-nos há pouco tempo" para falar sobre o assunto.
Mas reiterou que não existe "um único facto, uma única prova" de
intervenção russa no processo eleitoral americano. A conversa seguiu para o candidato Donald Trump e o seu recente
escândalo em que este surge a fazer comentários machistas sobre as mulheres,
dizendo mesmo que uma das "vantagens de ser uma celebridade" é que
pode mexer-lhes nos genitais quando quer - utilizando nesse diálogo o termo
vulgar 'pussies', que simultaneamente pode significar "bichano" ou
alguém covarde. Na entrevista, Lavrov começou por dizer que o inglês não é a sua
"língua mãe", pelo que não tem a certeza se o que vai dizer não é
indecoroso. Mas avança: "Há tantas 'pussies' na vossa campanha
presidencial, nos dois lados, que prefiro não comentar" (DN-Lisboa)
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