Os drones civis
estão a tornar-se uma "real e crescente" ameaça para a segurança da
aviação comercial, advertiu hoje a Associação Internacional do Transporte Aéreo
(IATA), instando à definição de regulamentação antes que ocorram acidentes. O
diretor-geral da IATA, Tony Tyler, afirmou que a ameaça que os aviões não
tripulados representam está ainda a evoluir, por as pessoas terem ainda só
começado a descobrir o potencial da tecnologia. "Eu estou tão animado como
vocês estão relativamente à ideia de ter uma pizza entregue por um
'drone'", disse Tony Tyler, durante uma conferência sobre aviação em
Singapura, chamando a atenção, por outro lado, para o reverso da moeda. "Não
podemos permitir que sejam um obstáculo ou uma ameaça à segurança da aviação
comercial", sustentou, defendendo uma "abordagem avisada"
relativamente à regulação e um "método pragmático" de aplicação da
mesma para quem "não observar as regras e os regulamentos e colocar os
outros em perigo", frisou. À medida que a utilização dos 'drones' se
expande da esfera militar para a comercial até a fins puramente recreativos, os
especialistas temem que os aparelhos - caso não sejam regulados - possam um dia
colidir com uma aeronave comercial. "A questão é real. Temos uma série de
relatórios de pilotos relativamente a 'drones' que não estavam à espera de [os]
encontrar, particularmente a baixas altitudes em torno dos aeroportos. (...)
Não há como negar que existe uma ameaça real e crescente à segurança da aviação
comercial", causada pelos 'drones', afirmou Tyler. Rob Eagles, um
especialista em 'drones' da IATA, afirmou que o grupo não dispõe de números
relativamente aos aviões não tripulados que existem em todo o mundo. Mas revelou
que quando a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos ordenou o
registo de 'drones' com um peso de até 25 quilogramas, no ano passado, foram
contabilizados 300 mil só no primeiro mês (em dezembro), disse o mesmo
responsável. "Sendo os 'drones' com esse peso considerados pequenos, dá
para ter uma ideia do número", disse Rob Eagles à agência AFP na
conferência, antecipando um aumento no alcance e do tamanho dos mesmos. A
principal preocupação da IATA prende-se com os 'drones' que voam a baixas altitudes
perto dos aeroportos, que podem representar uma ameaça para os aviões que estão
a descolar ou a aterrar, realçou Eagles. Os reguladores da aviação também
pretendem garantir que o espectro de rádio usado para controlar os 'drones' não
interfere com os sistemas de controlo do tráfego aéreo, explicou (Correio da Manhã)
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