Hasna Aitboulahcen tornou-se a primeira mulher suicida a operar na Europa quando, na madrugada de quarta-feira, se fez explodir em plena operação policial em Saint Denis, arredores de Paris, França. "Ajudem-me! Ajudem-me!", terá gritado pouco antes de detonar a bomba que tinha no colete que vestia. Terá sido uma tentativa de enganar as forças policiais. De acordo com a descrição feita pelo jornal Telegraph, a polícia tinha dado indicações para que os residentes da zona não saíssem de suas casas. Hasna Aitboulahcen surgiu à janela do apartamento onde estava e disseram-lhe para não sair daquele local. Caso contrário seria morta. Mesmo assim, ela saiu do campo de visão da força policial. Pelas 6h00 da manhã, a polícia deu início ao assalto. Hasna Aitboulahcen foi a primeira a abrir fogo, segundo o mesmo jornal.
"Onde está o teu namorado", perguntou a polícia. "Ele não é meu namorado", respondeu ela. Logo depois, detonou os engenhos explosivos que tinha presos ao colete que vestia.
Morreu ela e, confirmou-se hoje, Abdelhamid Abaaoud, presumível "cérebro" dos atentados de Paris. Eram primos. Especulou-se acerca da existência de uma terceira vítima, mas até ao momento ainda não há confirmação.
Ainda de acordo com o Telegraph, Hasna Aitboulahcen, 26 anos, de nacionalidade francesa, era vista como uma jovem extrovertida, que bebia álcool e que tinha a mania de usar chapéus de cowboy. Por isso, tinha a alcunha de "Cowgirl". Isto na opinião de quem a conhecia de Creutzwald, no nordeste de França, onde o pai dela morou até há menos de seis meses (regressou entretanto a Marrocos) e onde ela já não ia há cinco anos.
Desde então, muito mudou. Segundo informações do site belga DH.be citadas pelo jornal britânico, Hasna Aitboulahcen radicalizou-se e terá tentado viajar para a Síria. Não o tendo conseguido fazer, "ofereceu os seus serviços para cometer ataques terroristas em França", informaram fontes policiais citadas pelo mesmo jornal (DN-Lisboa)
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