sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Sócrates considera cínico anúncio da PGR sobre adiamento

O ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates acusa a Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal, de cinismo ao anunciar o adiamento da investigação da "Operação Marquês". "A Procuradora, de forma completamente cínica, vem dizer que decidiu acelerar o processo. E decide acelerar para quê? Para adiar seis meses", perguntou o ex-primeiro-ministro José Sócrates, arguido da Operação Marquês, entrevistado pela TSF. Contactada pela Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse não ter qualquer comentário a fazer sobre a entrevista de Sócrates.
A PGR informou na quarta-feira que concedeu mais 180 dias (seis meses) para a "realização de todas as diligências de investigação consideradas imprescindíveis" na Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Decisões "ilegais, abusivas e arbitrárias" foi como a defesa de José Sócrates classificou na quinta-feira o alargamento, por mais 180 dias, do prazo para concluir o inquérito e a recusa do procurador em dar a conhecer aos arguidos as suas justificações. "O Ministério Público só não encerra o inquérito porque não quer. Porque não tem factos e porque todas as provas que tem impõem o imediato arquivamento, que é a última coisa que quer reconhecer", referia um comunicado dos advogados João Araújo e Pedro Delille (SIC-Notícias)
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PGR não responde às acusações de cinismo e abuso de poder feitas por Sócrates


Apesar de acusada de cinismo e de abuso de poder por parte de José Sócrates, a Procuradora-Geral da República evita responder diretamente. Joana Marques Vidal sublinha apenas o comunicado, onde justificava o alargamento para mais seis meses da investigação na Operação Marquês. Também a ministra da Justiça esclarece que não comenta casos individuais da justiça.


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