sábado, 9 de janeiro de 2016

Crianças morrem à fome na Síria: na cidade cercada de Madaya há pessoas a comer folhas das árvores

Em conversação mantida através da internet, Ibrahim afirmou que os mais afortunados conseguem comprar arroz, com dinheiro que os familiares no exterior lhes fazem chegar, nos postos de controlo governamental nos arredores da cidade, cercada desde julho. Segundo este ativista, o preço de um quilo de arroz pode atingir os 200 dólares (183 euros) e o leite em pó tem estatuto de bem de luxo, pelo qual se paga 400 dólares. Na cidade, os civis suportam o melhor que podem as baixas temperaturas invernosas, uma vez que não há combustível para alimentar os aquecedores, queimando a madeira que encontram. Por acaso, "há água, porque a cidade está coberta de neve", acrescentou.
Os medicamentos também escasseiam em Madaya, onde apenas resta um hospital de campanha "com muitos poucos aparelhos e recursos", avançou ainda. Ibrahim assegurou que já faleceram 39 pessoas desde o início do cerco, "20 de fome e 19 quando procuravam sair do cerco". O governo sírio aprovou hoje a entrada de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas em Madaya, onde estão 42 mil pessoas cercadas, em risco de morrer de fome (aqui)

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