"Senhores
passageiros, fala-vos o comandante. Apenas para vos dar conta de um fenómeno
curioso que será visível do vosso lado direito dentro de cinco segundos. Um
pequeno tornado no mar." Assim falou o comandante do voo da Sata
proveniente do Faial, Bruno Jesus, quando já se fazia à pista no aeroporto João
Paulo II, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, este domingo.
Eram 14h, nos
Açores, 15h em Portugal Continental, e tanto quanto se sabe até ao momento o
pequeno tornado - que segundo o meteorologista Carlos Ramalho, da delegação do
Instituto Português do Mar e da Atmosfera nos Açores, durou "minutos"
e ocupou uma "área pequena" – não provocou estragos. Seja como for, o
IPMA elevou para laranja o aviso de precipitação, trovoada e vento para as
ilhas de São Miguel e Santa Maria, devido à possibilidade de ocorrência de
fenómenos de vento extremo associados à forte instabilidade atmosférica. De
acordo com Carlos Ramalho, a forte instabilidade atmosférica que afecta o
arquipélago tem originado a formação de "nuvens de desenvolvimento
vertical", que têm provocado aguaceiros, granizo e trovoada. As nove ilhas
dos Açores estavam já sob aviso amarelo devido à possibilidade de ocorrência de
aguaceiros fortes, granizo e trovoada. Até às 3h de segunda-feira, o IPMA prevê
a ocorrência de trovoada frequente e concentrada, e de aguaceiros localmente
fortes e de granizo nestas duas ilhas, emitindo ainda um aviso laranja relativo
à rajada máxima de vento. Pouco tempo antes do tornado, foi sentido na ilha de
S. Miguel um sismo de magnitude 3,6 na escala de Richter, que também não
provocou estragos. Registado às 12h05 locais, foi sentido pela população da
Povoação e de Ponta Delgada. Segundo o Centro de Informação e Vigilância
Sismovulcânica dos Açores, teve epicentro "a cerca de 19 km a sul-sudeste
de Ribeira Quente". Em comunicado, a Protecção Civil informou que vai
continuar a acompanhar o evoluir da situação (Público, texto da jornalista
SANDRA SILVA COSTA)
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