A EDP pagou um valor bruto de 10.004.408 euros
ao conselho de administração executivo (CAE) em 2015, contra 6,29 milhões no
ano precedente. O seu presidente, António Mexia, recebeu 2,17 milhões de euros,
praticamente duplicando a remuneração do ano anterior, que tinha sido de 1,15
milhões. Este valor, contudo, engloba não só as remunerações fixas relativas a
2015, mas também as variáveis e bónus de 2012 a 2014.
A remuneração fixa de
Mexia – reeleito a 21 de Abril do ano passado para
um quarto mandato à frente da eléctrica – foi de 786.931 euros, à qual
acresceram 480.000 euros por conta da remuneração variável relativa a 2014 e
549.149 euros decorrentes da variável plurianual de 2012. A juntar a estes
valores houve ainda um bónus extra de 360.000 euros atribuído pela Comissão de
Vencimentos " respeitante aos anos de 2012-2014, em virtude das qualidades
de liderança e visão estratégica reveladas durante esse período pelo presidente
do conselho de administração executivo", refere o relatório e contas de 2015 da
eléctrica nacional.
Esta
não foi a primeira vez que Mexia teve uma remuneração anual tão elevada, à
conta dos "extras". Em 2012, o pagamento dos bónus de
mandato elevou a sua remuneração total para 3,1 milhões de
euros. Nesse ano, Mexia recebeu 1,2 milhões de euros (714.572 euros de
remuneração fixa e 480 mil euros de remuneração variável, relativa a prémios em
função do desempenho da empresa). No entanto, ao juntar-se o prémio plurianual
relativo ao mandato dos três anos anteriores (2009-2011), a remuneração total
ascendeu a 3,1 milhões de euros. De três em três anos, a história
repete-se, pelo que 2015 voltou a ser um ano de cheque anual chorudo
para o presidente executivo da EDP. Em 2013, o CEO da eléctrica
recebeu 988.573 euros (738 mil euros de remuneração
fixa e 250 mil euros de componente variável), menos 17,2% do que no ano
anterior, uma quebra explicada essencialmente por uma menor remuneração
variável.
Mais
quatro membros com remunerações superiores ao milhão de euros
De
entre membros do CAE (composto por sete elementos até 21 de Abril e por oito
membros a partir dessa data, depois da aprovação de um alargamento na
Assembleia Geral desse mesmo dia), quatro deles tiveram remunerações superiores
a um milhão de euros no ano passado: Nuno Alves, João Manso Neto, António
Martins da Costa e Miguel Stilwell de Andrade. Além dos 10 milhões de euros
atribuídos ao conselho de administração executivo, a EDP pagou ainda um
montante bruto de 1,67 milhões aos membros do Conselho Geral e de Supervisão em
2015 (Jornal de Negócios)
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