Vinte anos, 1.3 mil milhões de quilómetros e 599 GB de
dados depois, a Cassini deu o último suspiro. Percorremos as 380 mil fotos que
tirou para recordar o legado da maior missão espacial de sempre. A viagem de
Cassini chegou ao fim: eram 14h17 quando chegou à Terra o último sinal de rádio
da sonda antes de sucumbir à atmosfera de Saturno. A mais de 1,3 milhões de
quilómetros de casa, a sonda Cassini põe um ponto final numa agitada vida de 20
anos na companhia dos maiores e mais tempestuosos planetas do Sistema Solar.
Executou 2,4 milhões de ordens enviadas a partir da Terra, recolheu 599
gigabytes de informação científica e tirou quase 380 mil fotografias de um
mundo de que a Voyager só foi capaz de nos dar um vislumbres. Depois mergulhou
silenciosamente na esmagadora atmosfera de Saturno para desaparecer para
sempre. Connosco ficam mais de 3,6 mil estudos compostos graças aos seus
passeios junto aos anéis e luas de Saturno. E ficam fotografias que recordam o
legado.
A NASA chama-lhe “Hall of Fame”. São dezenas das fotos
mais icónicas captadas pela missão Cassini, considerada a maior, mais ambiciosa
e mais cara missão espacial alguma vez levada a cabo pela humanidade. Graças a
ela descobrimos novos mundos em redor de Saturno, conhecemos melhor o
comportamento dos planetas que partilham o Sistema Solar e até pudemos
compreender melhor como era a Terra quando nasceu. Até ao último suspiro,
quando já não suportou a mortífera natureza da atmosfera de Saturno, a Cassini
continuou a enviar informações da composição do gigante gasoso. Só depois
sucumbiu às condições de pressão e densidade do planeta dos anéis. Desde o
lançamento, em outubro de 1997, até ao último dia de vida, a sonda Cassini foi
documentando os fenómenos para que ia olhando enquanto cumpria a sua principal
missão: ser “os olhos e os ouvidos” do Homem junto a Saturno. O Observador
recolheu 48 das imagens mais marcantes da aventura Cassini. (veja asfotos aqui, Observador)
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