A apenas 1,6 quilómetros daqui, as forças do regime de Bashar Al-Assad debatem-se com grupos rebeldes. Mas aqui, na Cidade Velha de Damasco, os jovens sírios fumam, bebem e falam de tudo menos da guerra. Nos últimos meses, abriram vários bares na zona, devolvendo actividade a este bairro, noutros tempos vibrante e enérgico. Este fenómeno recente, aponta a Reuters, faz parte de um esforço colectivo para projectar um "ar de normalidade" na capital síria, ainda que a guerra, que está ali dentro de portas, tenha morto 250 mil pessoas e criado cinco milhões de refugiados em cinco anos.
"Isto é algo que não se veria há dois anos", diz ao repórter da agência noticiosa Nicholas Rahal, designer gráfico de 23 anos. À medida que os espaços nocturnos foram abrindo, mais pessoas começaram a sair à noite e outras encontraram trabalho atrás do balcão, também incentivadas por um certo aumento da segurança e da calma após a intervenção da Rússia e da trégua parcial de Fevereiro. No entanto, a guerra está em todo o lado. Soldados armados revistam veículos a toda a hora, ouvem-se ao fundo disparos de fogo de artilharia. Os jovens que permanecem na cidade estão apreensivos quanto ao futuro. Perderam amigos e familiares, a inflação é galopante, os rapazes temem ser chamados para as forças armadas. Por isso, aproveitam a vida como podem, ao fim-de-semana, mas também durante a semana, como conclui a "bartender" de 21 anos Dana Daqqaq: "As pessoas estão cansadas da guerra e só querem tem uma vida normal, por isso saem à noite, socializam" (Público)
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