quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Fantasmas do BPN entram na campanha

O secretário-geral do PS, António Costa, interrogou-se ontem sobre quantos "truques" do Governo estarão ainda por descobrir, no dia em que a Antena 1 noticiou que Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, pediu à administração da Parvalorem - um dos veículo que herdou os activos tóxicos do antigo BPN - para que revisse as contas de 2012 para que estas revelassem um cenário de perdas mais optimista, reduzindo os prejuízos reconhecidos naquele ano.
O Governo e a Parvalorem garantiram que não teve lugar qualquer manipulação das contas da empresa, defendendo que os números em causa eram apenas estimativas para a rubrica "Outras Contas a Receber" e não os números de imparidades reais, já registadas.
Mas António Costa, citado pela Lusa, afirmou que o Executivo foi apanhado "mais uma vez num truque" feito, disse, para "disfarçar as contas" de 2012. "O que nos interrogamos é quantos truques estão ainda por descobrir", sublinhou o líder do PS. Costa prosseguiu: "É dramático para a credibilidade da vida política e da democracia quando, permanentemente, não há semana que passe em que o Governo não seja apanhado numa tentativa de enganar os cidadãos". O líder socialista advogou, todavia, que "não há números, não há truques, não há contabilidades que disfarcem aquilo que é a realidade concreta da vida das pessoas", falando, por exemplo, da emigração dos jovens. 
Já antes, a cabeça-de-lista socialista por Setúbal, Ana Catarina Mendes, tinha acusado ontem o Governo de "mentir" e "mascarar" as contas públicas, num discurso cerrado de ataque a Passos Coelho, Paulo Portas e à ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. "Mentira, mentira, mentira!", declarou Ana Catarina Mendes na segunda intervenção do almoço comício ao ar livre em Setúbal, sustentando que se acumulam novas provas de o Governo ter "mascarado as contas públicas" (texto do jornalista do Económico, Filipe Alves)

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